segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Mais Uma da Geração Mimimi: "Rock é Conservador e o Pop é Subversivo"


Como todos sabem aconteceu nos últimos dias o Rock in Rio, festival que ficou marcado nos anos 80/90 por grandes shows de rock, mas que nos últimos tempos tem adotado uma postura mais eclética para o seu line up de artistas, criando determinados dias para artistas "pop".

Nesse ano, no fim de semana do pop tivemos artistas como Maroon 5, Fergie, Ivete Sangalo, Skank, Alicia Keys, Justin Timberlake, etc. Já nos dias do rock tivemos artistas como Aerosmith, Guns n’ Roses, Bon Jovi, Red Hot Chili Peppers, Tears For Fears, The Who, etc.

Não estou escrevendo esse artigo para falar do festival em si, nem de música, mas retratar uma certa ideologia que a mídia brasileira vem disseminando. Quero discutir a seguinte reportagem estampada, semana passada, com destaque na capa UOL:


Bem sugestivo o título, afinal como é possível que o rock seja mais conservador que o pop? Vamos analisar rapidamente os argumentos do autor. Vou destacar aqui alguns trechos do artigo, e quem quiser lê-lo na íntegra (não recomendo), fique a vontade.

Veja o tipo de coisa que o autor escreve:

 _________________________________________________________________________________

O rock era a perversão, o underground, o desvario, o circo pegando fogo, o caos. O pop aceitava tudo com “sins” e o rock negava tudo com seus “nãos”. E agora começa o fim de semana do rock, que tornou-se um gênero conservador.

Mas parte da música pop que desfilou no primeiro fim de semana do Rock in Rio dizia “não”. Estava nas letras politizadas de Rael e de Elza Soares, na participação de uma líder indígena brasileira no show de Alicia Keys, no beijo redentor entre Johnny Hooker, Liniker e nos discursos de Roberto Frejat, Samuel Rosa e Evandro Mesquita em seus shows no festival, na presença intrusa da esnobada Anitta através da participação de Pabllo Vitar, nos “fora, Temer” instantâneos e até no constrangedor protesto puxado por Ivete Sangalo e Gisele Bundchen ao som de “Imagine” de John Lennon.

E assim o pop começou a funcionar como uma forma de desafiar o status quo, mirando em temas e discussões que antes eram típicas da mentalidade do rock. Abraçando direitos civis, questões de gênero e sexualidade, minorias e o meio ambiente, este novo pop estabelece os próprios valores, em vez de adequar-se aos existentes.

É o extremo oposto do que vem acontecendo com o rock – e o rock que acontece neste segundo fim de semana do Rock in Rio vem sendo representado pelos headliners Aerosmith, Bon Jovi, Guns’N Roses e Red Hot Chili Peppers.... Deixaram todo o senso de periculosidade e de provocação no passado, alimentando uma caricatura de rockstar que pertence ao século passado.

__________________________________________________________________________________


Resumindo, esse artigo, estampado na capa de um dos maiores portais de notícias do Brasil, diz basicamente o seguinte: se você não é militante de alguma “minoria oprimida” você não presta, você é conservador, você é retrógrado.

Se não tem um beijo gay, é conservador. Se não tem algum homem vestido de mulher ou mulher vestido de homem, é conservador. Se não tem alguém fazendo um discurso vazio e manjado sobre política ou gritando "fora Temer", é conservador. Se não tem alguém regando uma plantinha, é conservador. Se não tem um mulher dominando um homem, é  conservador. 

Chega a ser assombroso um jornalista levantar o nome de Anitta, Pablo Vittar, Liniker (?), como artistas progressivos e subversisvos com seus “rebolar na sua cara” e afins, e dizer que Guns n’ Roses e Aerosmith são caricaturas de rockstar do século passado.

Qualquer tipo de comparação entre esses artistas é absurda, estamos falando de bandas de rock que estão há 40, 50 anos na estrada, com músicas viscerais e de alta qualidade, fazendo sucesso e conquistando fãs no mundo inteiro. Por outro lado, daqui a no máximo 2 anos, ninguém se lembrará quem foi Pablo Vittar.



Se por acaso existisse (e deve existir) alguma banda de rock subversiva, que, por exemplo, questione a atual ditadura das minorias ou o politicamente correto, tal artista nunca chegaria perto de tocar nem na rádio comunitária de Pindamonhangaba. Nessa geração mimizenta, politicamente correta, e dominada ideologicamente por "minorias oprimidas", artistas como Pablo Vittar, Anitta, Ivete Sangalo, Liniker, não são artistas subversivos, mas apenas parte do establishment atual. Como alguém comentou lá na reportagem, “o conservadorismo é a nova contra cultura”.

Pra fechar, cito um fato que aconteceu na semana passada. Estava assistindo NFL na ESPN, e os narradores (Everaldo Marques e Paulo Antunes) são bem "zoeiros", daí fizeram uma campanha no Twitter para os telespectadores mandarem bordões para que eles usassem durante o jogo. 

O bordão vencedor foi o seguinte "volta pro mar oferenda". Ou seja, eles iam falar isso em alguma situação de jogo, só na zoação mesmo, como eles sempre fazem. Entretanto, logo após o intervalo, o narrador se desculpou ao vivo pelo bordão selecionado, pois ele poderia conter ofensas religiosas, e cancelou a campanha de bordões. Tá difícil viver nesse mundo de mimimi....

Abraços,

Ministro

31 comentários:

  1. As redes sociais potencializaram todas essas discussões inúteis.
    Vivemos a era da masturbação mental.
    Tudo é digno de explicações sócio-antropológicas complexas, tudo tem uma teroria toda por trás etc.
    E sim, ser conservador hoje em dia pra muitos é ser retrógrado e até mesmo ofensivo a sociedade.
    É gourmetização de tudo... Enfim um blá blá blá sem fim.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E ai Anon,

      Realmente, hoje todo mundo se acha politizado e os textões em redes sociais só disseminam isso.

      Esse pessoal se julga tolerante mas vai dar uma opinião contrária ao pseudo politicamente correto, e observe os canivetes choverem!

      Abraços!

      Excluir
    2. O establishment imposto pela mídia, governos e ONGs globalistas é totalmente progressista, quem apoia essa ideologia vira um mero "Zumbi do Soros".

      Por isso que é difícil ser reacionário, é necessário enfrentar o mundo inteiro, mas, pelo menos, tenho a certeza e a tranquilidade de estar defendendo o certo.

      Excluir
  2. Oi Ministro,

    Dá um cansaço ter que aturar essa manada militante, com pouca essencia e preocupada apenas em bater tambor. Me lembrou da polemica que ocorreu no sul sobre o fechamento de uma exposicao que estimulava erotização de menores, pedofilia e zoofilia, tudo com ajuda do dinheiro publico.. O que não percebem é que o seu extremismo apenas fortalece extremismos contrários, como a ala Bolsonaro.

    Talvez agora com o pente fino nos encostados do INSS essa turma fique mais ocupada precisando voltar a pegar no batente..

    Abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E ai DM!

      Realmente essa militância das causas oprimidas cansa. O pior é que o negócio virou uma praga, saindo de dentro dos DCEs universitários e tomando conta da grande mídia (jornais, novelas, música, etc).

      Como você bem frisou, mal sabem eles que estão alimentando o extremo contrário. No fim das contas, nenhum dos dois extremos é bom para a coletividade.

      Abraços!

      Excluir
    2. Eu acho que o problema do Bolsonaro é que ele é muito moderado. Gostava mais do Bolsonaro anos 1990 que falava que o FHC merecia ser fuzilado.

      Abraços!

      Excluir
    3. Tenho muitas desconfianças desse radicalismo do Bolsonaro. Pra mim, cheira à demagogia.

      Excluir
  3. Esse povo "moderno" se ofende por tudo, e tudo é motivo de militância, de contestação, de mimimi..até em música arrumam jeito pra fazer esse politicamente correto barato.

    E essas redes sociais potencializaram muito o poder desses mimizentos infantis.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E ai Anon!

      Realmente a coisa tá feia. Mas o que tenho percebido é há uma grande massa de pessoas contra o "politicamente correto", entretanto tem vergonha de assumir alguma posição nesse sentido.

      Digo isso baseando-me nos comentários anônimos que vejo nesse tipo de notícia, sempre a maioria dos comentários é contra a militância.

      Entretanto, ninguém assume uma posição contra essas "causas oprimidas" publicamente, como nas redes sociais, por exemplo. Hoje em dia o bonito é defender as diversas "causas oprimidas" que temos por ai, ir contra elas é motivo para ser taxado de conservador, retrógrado, preconceituoso, monstro, etc.

      Excluir
    2. Somos animais marqueteiros, vendemos imagem para conseguir sexo e poder. Quem defende essas causas acaba comendo os ânus, os briocos, rosquinhas de carne das estudantes bobinhas de Humanas. Logo, se protestar rende um sexo anal barato nas festas das faculdades, o protesto virará moda.

      Excluir
    3. Isso é verdade Anon!

      Tem cada mangina se prestando a papéis ridículos apenas para garantir a mera expectativa de deflorar uma vagina. Enfim, isso são outros 500!

      Excluir
  4. Guns ń'Roses e Aerosmith estão beeeeeem velhos. Há mais de 20 anos não compõem uma música decente.

    Lembrando que a música é parte da indústria cultural, esses "protestos" de meia tigela são formas beeeem CAPITALISTAS de se vender mais ingressos e downloads, de se ganhar mais dinheiro. "Artistas" sempre foram e sempre serão marqueteiros malandros.

    Não dá para perder tempo, muito menos dinheiro, com show modinha e público demente.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Anon, vou discordar de você. O último albúm do Guns (Chinese Democracy - 2008) tem músicas excelentes, de altíssima qualidade. O último do Aerosmith (Music from Another Dimension - 2012) não é tão fera, mas tem umas 3 ou 4 músicas muito boas!

      Obviamente rock hoje em dia não é mais mainstream, então não vai tocar em rádio ou figurar nas paradas da Billboard, mas isso não significa que não tenha qualidade.

      Realmente fazer esse tipo de protesto dá ibope para os artistas, inclusive alguns rockeiros old school tem caído nessa armadilha.

      Abraços!

      Excluir
    2. Ride em Down (2016) do Rolling Stones também é muito bom.

      Excluir
    3. E ai Barba!

      Não conheço esse álbum, vou dar uma conferida!

      Excluir
  5. Mas devemos lembrar que Liniker é frutos de uma classe média/alta que contrata travestis para ser enrabada. Visto que a maior parte da clientela dos travecões é composta por profissionais liberais, executivos de grandes empresas, jogadores de futebol campeões do mundo.


    Se um jovem pobre beta gordinho e feio enraba um traveco na madrugada por desespero causado por falta de buc..., esse ato é questionável. Mas se um jogador de futebole ou empresário senta numa rola de travesti, é algo nojento e asqueroso. Ser enrabado é vergonha para o país.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E ai Anon!

      Vou ser sincero que não conhecia esse tal de Liniker até um dia desses, quando vi uma notícia que ele se sentiu "invadido e abusado" porque se jogou na plateia e alguém apalpou a bunda dele. Achei esse ser emblemático, pois se diz mulher mas faz questão de ostentar um bigodinho de porteiro.

      Quanto ao público dos travestis, realmente eu desconheço, mas deve ter de tudo. Eu sinceramente não estou nem ai se alguém gosta de ser enrabado, inclusive já tive ótimos colegas de trabalho que eram gays, mas gays "de boa" sem "bixisse" ou militância chata em redes sociais.

      Até porque eu acredito que homosexualidade é algo genético e não comportamental, então no fim das contas o cara não tem culpa.

      O que é chato são esses que gostam de "ostentar" sua homosexualidade e atacar os héteros e a "família tradicional brasileira".

      Excluir
  6. A cada dia vai piorar pois são as piores notícias que mais dão ibope.

    O investidor deve pensar em ter várias amantes, mulheres com vagina, em uma mansão na pria após 10 anos de investimento consciente. Porque a sociedade sempre foi irracional e idiota.


    A vantagem de ter dinheiro na bolsa é que isso me torna alheio a podreiras como Rock n Rio.

    Não vou ter filho, não estou preocupado. Melhor comprar renda fixa para a guerra do Trump com o gordinho da Coréia do Norte.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Esse seu projeto de IF é muito válido hehe afinal quem almeja a IF deve querê-la para algo né!

      Não vi muita relação entre dinheiro na bolsa e rock in rio, mas paciência né kkk

      Quanto à guerra EUA x Coreia, se acontecer realmente vai fazer as bolsas mundiais despencarem, mas isso ao mesmo passo que é um risco, também é uma oportunidade!

      Abraços!

      Excluir
  7. Será que tem algo de errado você gostar de pop e não ser de esquerda?
    Toda pessoa inteligente que eu conheço gosta de música clássica e heavy metal. Eu gosto de música clássica, mas de heavy metal eu não gosto. Gosto mais do pop e do R&B da década 1980-1990-2000.
    Tipo, tinha um cara que viu uma música da Janet Jackson no meu cel. e ficou rindo, perguntando por que eu gosto desse tipo de música.

    Eu respondi que eu gosto da música, da dança, mas se eles falarem algo ideologico demais eu simplesmente não concordo. No outro dia ele tava falando do Bruce Springsteen, dizendo que o cara era fenomenal, e eu falei para ele que esse Bruceé super esquerdizado, e que Born In The U.S.A. não tem nada de patriotismo, e sim uma crítica ao governo Reagan. Ele ficou perplexo.

    É claro que eu não gosto desse novo pop, para mim "Vou rebolar na sua cara" nunca foi arte. Isso nem pop é. Música sem nexo, um funk carioca com umas batidas diferentes e dizem que é pop.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E ai Anon!

      Você falou uma coisa muito certeira: o pop que está em alta nos últimos tempos no Brasil nada mais é que um funk com batida diferente, digamos, um funk gourmet. Aliás, o cenário mainstream musical brasileiro resume-se à sertanejo e funk gourmet.

      Mas como você bem colocou, tem pop bom também, não somos adolescentes rockeiros para abominar qualquer tipo de coisa que não seja rock.

      Abraços!

      Excluir
  8. Ministro,

    Pablo Vitar, Anita e esses outros que você citou ai, são cantores? Desconheço músicas deles. Já Guns, Aero, Who RHCP aí sim falamos de música!!!

    Pior é que qualquer jornalista escreve sua opinião como se fosse um artigo científico e o povo aceita isso sem questionar. Vejo isso direto.

    O maior absurdo da "reportagem" é compraar Pablo Vitar, Anita Lniker como cantores no mesmo nível dos outros.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é BPM...

      Eu gosto da UOL como portal de notícias, mas estou por um fio de "trocar" ele. Nos últimos tempos tá rolando demais artigos lá com essa pegada ideológica disfarçada...

      E, realmente, comparar esses "artistazinhos" com dinossauros do rock é um negócio sem precedentes, superou todos os absurdos...

      Abraços!

      Excluir
  9. O dinheiro que a Anitta faz é igualzinho ao dinheiro que o Aerosmith faz. A indústria quer vender para faturar. Se for música de enterro a mais rentável, vai tocar música de enterro em todo lugar.


    Falei que me preocupo muito mais com a Bolsa de Valores do que com o Rock in Rio. Nem sabia que estava acontecendo, pois não vejo tv aberta. Na tv a cabo só assisto a WOOhoo e Off, canais de surf e skate.


    Neste mundo, a coisa mais importante do Universo é o meu dinheiro, ele é meu amor, minha religião.

    Mas sei que infelizmente, vamos ver essas boiolices se espalhando pela internet.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Entendi Anon...

      Esse lance de que o dinheiro é amor e religião é meio tenso. Na verdade o meu amor são as coisas que o dinheiro proporciona. Não se poupa e investe dinheiro apenas por poupar e investir, ou ver o saldo na corretora, mas sim como forma de usufruir desses recursos no futuro. Essa é minha visão!

      E o Rock in Rio, apesar de tudo, teve alguns shows bons.

      Quanto à TV, realmente a programação em geral é muito fraca. Eu só assisto canais de esporte.

      Abraços!

      Excluir
  10. "A que ponto chegamos". Concordo. Fora a petulância de querer comparar nomes de gigantes com o modismo Vittar do momento. Mas dou um desconto para o jornalista, afinal ele tem que seguir a receita do bolo para tentar ter alguma relevância nos meios sociais 'cools'. Abs!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E ai RT!

      Realmente, o "certo" a ser escrito hoje em dia é artigos como esse. Qualquer opinião contrária seria "escandalosa e preconceituosa" e o jornalista seria demitido.

      Abraços!

      Excluir