quinta-feira, 4 de maio de 2017

Patrimônio Financeiro Abril/2017: R$ 189.062,59 + Perspectivas Futuras


Como eu já mencionei anteriormente, apesar de nunca ter tido uma consciência financeira mais apurada em relação à investimentos, sempre fui controlado financeiramente e sempre cumpri com louvor o primeiro mandamento de todo consultor de finanças pessoais que diz “não gaste mais do que ganha”. Nunca peguei empréstimo pessoal, nunca paguei menos que o total da fatura de cartão de crédito, mas por outro lado, os recursos poupados eram esquecidos em uma gaveta escura e fria chamada caderneta de poupança e eventualmente gastos, não em sua totalidade, mas o suficiente para impedir um crescimento mais sustentável do bolo.

O único investimento que eu posso me gabar de ter feito, e acredito que tenha sido um ótimo investimento, foi comprar um apartamento (na planta) para receber renda de aluguel. Para ser bem sincero, a compra desse apartamento foi inicialmente idealizada para que fosse minha moradia, entretanto, as circunstâncias da vida (circunstâncias benéficas, diga-se de passagem) me levaram a destiná-lo para a obtenção de renda de aluguel.

O melhor é que comprei esse imóvel em 2010, época em que o Brasil vivia o boom da casa própria. Ainda consegui surfar um pouco nessa onda, pois logo após a entrega do imóvel, o seu valor de mercado já era superior em 40% ao valor que paguei. Essa valorização certamente compensará parte dos juros que irei pagar do financiamento.

Ah, ainda tenho uma parte aplicada em Fundo DI, que na verdade foi uma aplicação automática feita pelo meu banco, mas acabei optando por mantê-la em parte, pois isso amenizava meu sentimento de frustração por não aplicar meu dinheiro em nada que preste. Ok, Fundo DI é uma bosta, mas pelo menos é algo diferente da poupança.

MEU PATRIMÔNIO FINANCEIRO


Após conhecer a Blogosfera de Finanças, em 2016, percebi que o que eu tinha poupado, que até então era motivo de orgulho, na verdade era uma quantia irrisória perto do que era possível fazer, vide o exemplo de outros blogueiros bem sucedidos. Por isso, 2016 foi basicamente um ano de consciência financeira em relação ao que eu tinha e o que eu poderia ter. Na esfera financeira, foi um ano de abrir a cabeça, de sair da Matrix, uma desintoxicação da forma como o brasileiro médio pensa.

Resultado disso é que no ano passado meu patrimônio financeiro cresceu 30%, sendo que o meu patrimônio financeiro não imobilizado DOBROU (crescimento de 101%), basicamente com aumento de aportes visto que os rendimentos da poupança não foram relevantes. Foi uma marca incrível que espero ainda poder repetir, mas não será tarefa fácil.

Minha projeção para 2017 é manter o patrimônio financeiro total crescendo à mesma taxa de 30%, detalhe que quanto maior o patrimônio mais difícil percentualmente é fazê-lo crescer, ou seja, os 30% desse ano significarão muito mais dinheiro do que foram os 30% do ano passado.

Pois bem, vamos ao que interessa, meus ativos financeiros atuais (fechamento de Abril/2017) são os seguintes:








 
*Desse valor aplicado em poupança, cerca de R$ 9 mil está, por enquanto, “preso” para fins específicos.
**Esse valor do imóvel foi obtido a partir do seu preço de mercado subtraindo o saldo devedor do financiamento. Para obter o preço de mercado faço uma pesquisa anual em uma famosa imobiliária e tiro a média de preço de pelo menos 10 IMÓVEIS IGUAIS (mesma planta) situados no MESMO CONDOMÍNIO, eliminando desse cálculo os 2 maiores e os 2 menores valores obtidos.

A expectativa é romper a barreira dos R$ 200 mil nos próximos dois meses.


Nada de muito fantástico mas é um bom começo!

PROJEÇÕES PARA O FUTURO


O projeto inicial de “destinação consciente” dos meus recursos não imobilizados é fazer a seguinte alocação:

50% em Renda Fixa
30% em Fundos Imobiliários
20% em Ações

Na parte da Renda Fixa devo deixar uma reserva de emergência na poupança, algo em torno de R$ 5 a R$ 8 mil e o restante aplicar em Tesouro Direto, LCI, LCA ou CDB. Por enquanto estou numa dúvida cruel em relação a onde colocar os recursos de renda fixa, uma vez que com a queda da Taxa Selic, e consequentemente do CDI, e a queda da inflação, e ainda as perspectivas de mais quedas futuras, os investimentos atrelados ao à Selic, CDI e ao IPCA tem sua rentabilidade questionável.

Fiz uma pesquisa no banco onde tenho conta corrente, o oferecido variou de 76% a 80% do CDI para LCI/LCA e 83% do CDI para os CDB, taxas essas que não me atraíram. Na verdade essas são taxas vergonhosas, se eu fosse funcionário de um banco como esses não teria coragem nem de abrir a boca pra falar uma rentabilidade dessas. Mas ainda estou à procura, sugestões são bem-vindas!

Em relação aos Fundos Imobiliários e Ações são mercados mais complexos e que demandarão mais estudos, isso pode adiar um pouco a aplicação na renda variável, mas vou me policiar para não enrolar muito nisso. O que já decidi é que irei investir considerando critérios fundamentalistas, pensando a longo prazo, como sócio de uma grande companhia ou de um empreendimento imobiliário, e não como especulador.

A análise de fundamentos de empresas (no caso das ações) não será um grande desafio, é um solo relativamente conhecido pra mim, entretanto no caso dos FII’s ainda precisarei pesquisar melhor que tipo de fundamento é essencial para analisar essa modalidade de fundo de investimento.

O planejamento traçado para chegar ao milhão é mais ou menos o seguinte:
  • Aportes Mensais: R$ 4.000,00 (com correção anual de 3%)
  • Rentabilidade da Carteira: 0,7% ao mês (estou sendo conservador)
Obs: Além desse aporte, os valor mensal destinado a amortização do financiamento (excluídos os juros) também pode ser considerado um aporte. Portanto o aporte mensal pode ser superior a R$ 4.000,00.

A projeção é que, considerando os juros compostos e uma expectativa conservadora de rentabilidade, em 5 anos eu consiga romper a barreira dos R$ 500 mil e em 9 anos eu atinja o tão sonhado milhão. Claro que temos que considerar a inflação e um milhão daqui há 9 anos não vai valer o mesmo que hoje, mas ainda acredito que será uma soma considerável. Além disso, a tendência é que depois do rompimento do hímen do milhão, o bolo passe a crescer mais rapidamente.

O milhão é nosso porra!


Já tenho em mente que uma despesa extraordinária que possivelmente terei nos próximos anos pode adiar em 1 ou 2 anos essa meta, por isso já tenho alguns planos de renda extra para atenuar essa baixa, se de fato acontecer. Tanto essa despesa extraordinária como os projetos de renda extra podem se tornar assuntos de posts futuros.

O gráfico de planejamento para evolução do milhão é o seguinte:



Existem alguns fatores que podem influenciar essa evolução, mas a ideia é seguir esse referencial.

Então é isso, por hoje ficamos por aqui. Meu próximo passo é pesquisar corretoras e instituições financeiras que possam oferecer LCI, LCA e CDB com taxas atrativas, taxa zero para operar no Tesouro Direto, e reputação e custos atrativos para operar na bolsa, tanto para compra de ações como de FII’s.

Abraços,

Ministro

10 comentários:

  1. Ola! Passei por aqui, adicionei seu blog no meu blogroll, pode fazer o mesmo por mim? Obrigada! =^.^= http://gatinhainvestidora.blogspot.com.br/

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    1. Oi Michelle, obrigado pela visita e volte sempre!

      Já acompanho seu blog, vou com certeza adicionar no meu Blogroll!

      Abraços!

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  2. Seja bem vindo Ministro! Blog bem clean e organizado..
    Coloca sua grana em algum CDB com Liquidez diária que pague 100%DI, como o do Intermedium, enquanto pensa sobre o que fazer...

    Esquece banco de varejo (não posso falar muito, já que ainda tenho grana em LCA do BB84%), abre contas em corretoras, como Socopa (para FII e ETF) e Easynvest (TD e Renda Fixa no Geral)...

    Abraços

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    1. Valeu Japa!

      Eu penei pra achar um template que me agradasse, tenho uma quedinha por design gráfico....ai já viu né....

      Valeu pela dica, vou dar uma olhada nesse CDB!

      Quanto às corretoras, estou em processo final de pesquisa e você foi cirúrgico nas suas recomendações, no próximo post vou abordar esse assunto!

      Abraços!

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  3. Olá Ministro!

    Legal que você já começou o blog com um bom conhecimento e um patrimônio considerável (dá pra tranquilamente dividir os investimentos em RV, RF e destinar um pouquinho pra se aventurar em produtos mais arriscados).

    Achei interessante sua abordagem de considerar o pagamento do financiamento como aporte, afinal reflete diretamente no percentual do apê que se torna seu.

    Aliás, qual o prazo deste financiamento? Quanto tempo falta pra você quitá-lo?

    Avante!

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    1. Valeu IW!

      Todos o (pouco) conhecimento que tenho hoje sobre produtos financeiros, adquiri nos últimos meses, até então eu era bem leigo...sabia da existência das coisas, mas sem maiores detalhes. Tenho estudado bastante finanças ultimamente.

      Quanto ao imóvel, o financiamento foi aquele padrão do brasileiro médio: 30 anos kkk. Não sei ao certo mas acho que já paguei uns 3 anos de financiamento bancário.

      Pretendo quitar antes do prazo, mas por enquanto não estou pensando nisso, uma vez que peguei um juros relativamente baixo (algo em torno de 7,3% ao ano, não lembro o valor exato decorado) e o aluguel que recebo está empatando com a prestação do banco.

      Abraços!

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  4. Parabéns pelo patrimônio.
    Adicionei você na minha lista de blogs.

    Bons investimentos.

    Abraços.

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