quinta-feira, 6 de julho de 2017

Drops do Ministro: Inversão de Valores dos Pais e Viagem Para o Futuro


Eu geralmente gosto de escrever aqui no Blog quando tenho algum assunto interessante para desenvolver um post um pouco mais elaborado, que permita algum tipo de discussão interessante. Entretanto vez ou outra acontecem fatos no nosso dia a dia que por mais simples e pontuais que possam parecer, nos dão lições importantes.
Resolvi então fazer esse post com alguns “drops” acerca de fatos interessantes que testemunhei recentemente. Na verdade eu podia fazer um post mais elaborado sobre esses dois assuntos específicos, mas realmente não é algo que meu instigou nesse momento, mas não pude deixar de fazer o registro.

Drop nº 1 – Inversão de Valores dos Pais

Tenho certeza que todo mundo já viu a charge acima ou alguma parecida.
Ela retrata a inversão de valores dos pais de hoje em dia, que criam seus filhos de forma super protetora, como se fossem eternos bebês, e o resultado são jovens mimados que acham que são merecedores de toda a sorte e abundância do mundo.
Pois bem, eu pessoalmente nunca tinha presenciado uma situação como essa, até por que não tenho convívio com o meio escolar, onde deve rolar muito isso. Entretanto esses dias tive uma amostra dessa realidade.
Uma colega de trabalho, que senta próximo a mim, fez uma ligação para o colégio do filho e, embora, a princípio, eu não tivesse nenhum interesse em tomar conhecimento dessa conversa, a referida colega tem dificuldades em usar um tom de voz moderado, de forma que foi impossível não ouvir toda a ligação.
Nessa ligação, a colega (que deve ter uns 40 e poucos anos), tentava localizar o coordenador do colégio do filho com o objetivo de entregar um recurso para uma nota que o garoto tirou numa prova, detalhe, o “menino” cursa a 9ª série, ou seja, deve ter uns 14 ou 15 anos. Na ligação ela esbravejava com uma secretaria dizendo que já tentara várias vezes entregar esse recurso para o referido coordenador e não teria conseguido.
Quando eu ouvi essa conversa, fiz um paralelo com a minha época de 9ª série, na verdade nem existia 9ª série, ainda era a 8ª série. Esse ano foi particularmente interessante na minha trajetória escolar pois foi o primeiro ano em que fiquei de recuperação no colégio (e repetiria esse feito nos anos seguintes, mas nunca fui reprovado de ano). Nessa época, se eu tirava uma nota baixa, a primeira atitude era tentar achar uma brecha para pedir “uns pontinhos” para o professor, eram os meus argumentos contra os argumentos do professor numa conversa cara a cara, e, obviamente, o professor sempre tinha a palavra final, as vezes cedendo, e na maior parte das vezes não. E se eu tirava nota baixa, não fazia a menor questão que meus pais tomassem conhecimento disso.
Hoje em dia o aluno tira nota baixa, coloca a culpa no professor e ainda recorre aos pais para entrarem com um recurso junto ao coordenador. Que tipo de educação é essa?

Drop nº 2 – Viagem Para o Futuro

Todo mundo de vez em quando tem algumas sensações ou percepções estranhas difíceis de explicar como ocorreram. Já aconteceu algumas vezes comigo (não muitas) a sensação de estar “se observando”, como se eu fosse um ente externo, observando a mim mesmo, como se, por um instante, eu saísse daquele momento presente e ficasse apenas observando meu “eu” agir. Nas vezes que isso aconteceu deu-se enquanto eu dirigia distraído e foi coisa de poucos segundos.
Recentemente aconteceu isso comigo, mas foi um pouco diferente. Eu estava dirigindo, distraído, e rolou essa percepção de que eu era um observador externo, mas a diferença é que bateu uma sensação como se aquilo que eu estava observando (eu dirigindo) fosse o meu passado e o meu “eu externo” estaria em alguma época no futuro. Assim, meu “eu externo” refletia criticamente se o que eu estava fazendo nessa época da minha vida (o meu presente atual) era o melhor que eu poderia fazer, se os caminhos que segui e estou seguindo são os que irão me levar aos melhores destinos.
Essa é uma reflexão e tanto! Será que daqui há 20 anos, quando pensarmos o que era nossa vida em 2017 teremos orgulho disso?
Obs: Não consumo nem nunca consumi drogas ilícitas. Apesar de hoje em dia estar na moda ser maconheiro, a única droga que consumi na minha vida é álcool, sendo a modalidade mais pesada a cachaça Ypióca. Nunca sequer experimentei cigarro de qualquer tipo, nem aqueles narguilés ridículos.
Por hoje é isso! Em breve escreverei um post sobre minha perda da virgindade na bolsa de valores (sim, finalmente aconteceu) e como eu comecei fazendo merda =D
Abraços,

Ministro

20 comentários:

  1. Essa questão da educação vou te falar viu. Tem um bando de despreparados brincando de ser pai e o resultado é uma geração perdida pelo comodismo e mi mi mi.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu não gosto de generalizações, mas não enxergo com otimismo essa atual geração de jovens.

      Excluir
  2. A Nº1 é engraçada mesmo. Quando eu ia na aula, escondia as notas baixas dos pais com medo de levar uns cascudos. Hoje em dia a gurizada mostra as notas baixas esperando que os pais vão tirar satisfação com os professores...

    Eu só fico pensando nessa geração Millenials, na qual me incluo. Tenho diversos amigos da mesma idade que já tem filhos, já tem casa e carro financiado e não consigo entender. As vezes eu acho que eu sou um cagão por não ter me casado, tido filhos e me metido em dívidas. Fico só pensando em como serão os filhos destes no futuro. Será que vai ser pior, será que vai ser melhor?

    O que eu sinto é que com o acesso muito melhor à educação, as pessoas agora escolhem virar as costas pra isso e inventam desculpas e muletas cada vez mais esdrúxulas pra não correrem atrás das coisas. Antigamente as pessoas não tinha educação porque não existia. Hoje em dia elas escolhem serem mal educadas mesmo.

    A Nº2 acontece bastante comigo também. E isso é normal. Isso geralmente acontece quando a gente está fazendo algo no automático (quando se tem certa experiência no volante, você faz as coisas no automático mesmo). Parece que você joga a ação no inconsciente e fica observando seu corpo fazendo tudo sozinho...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Em relação à questão de casar, financiar casa e ter filhos é algo que tem mudado muito. Antes esse era o único caminho socialmente aceito, mas hoje em dia as coisas estão mudando, até porque nem todo mundo tem perfil/vontade para constituir uma família, e isso é normal.

      Mas enfim, sabe-se lá onde vai parar isso.

      Em relação a Nº2, fico aliviado em saber que não sou o único a ter esse tipo de loucura!

      Abraços!

      Excluir
  3. Pais presentes e ausentes sempre exstiram, creio que os ausentes em menor proporção no passado, mas existiam.
    Me lembro que quando haviam as reuniões de pais e professores, geralmente os pais dos alunos que davam mais trabalho eram os que menos participavam das reuniões. Nesse sentido as coisas mudaram pouco.
    O que mudou mais nas últimas decadas foi o perfil da família brasileira e porque não dizer da família ocidental.
    Casamentos duram menos, os divórcios e seprações que já foram tabú, hoje já são comuns, casais morando juntos sem casar oficialmente, mães solteiras são comuns, filhos sendo criados praicamente por avós ou em creches e escolinhas porque os pais ou a mão não para em casa.
    Enfim, é um grande conjunto de coisas que proporciona toda essa mudança, fora que nos ultimos anos redes sociais se tornaram parte integrante da vida de muita gente, instrumento esses que serve para distrair as pessoas e tirá-las do aqui e agora da vida, trocando isso geralmente por furilidades.
    Dá para escrever um texto enorme sobre tudo isso, mão não vou poluir o seu blog. O que digo é que são muitas situações que vão modificando alguns costumes da sociedade com seus benefícios e prejuízos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Excelente colocação Anon!

      Realmente os tempos mudam e a forma e os meios pelos quais as pessoas são educadas também mudam. Temos uma tendência natural de dizer que a nossa geração era melhor que outra, mas, em outros aspectos, ela também pode ser pior.

      Mas a verdade é que essa geração "mimimi, acomodada, mimada, merecedora, politicamente correta" me assusta.

      Abraços!

      Excluir
    2. Pois é Ministro, e acho que isso deve continuar com os filhos dessa geração. Lógico que não podemos generalizar, mas a geração atual é mais acomodada que a geração de nossos pais e avós.
      É até difícil de medir as mudanças na sociedade, já que são complexas. Mas acho que a maior perda das famílias nos últimos anos vem sendo a fragmentação de famílias ou a convivencia precária entre famílias.
      São famílias com pais ou mães ou pais e mães ausentes. Fenômeno esse que deixou de afetar mais fortemente pessoas de classes sociais mais humildes e hoje pelo que percebo atinge todas as classes.
      Acho também que já a algum tempo a socidade vem sendo exposta a uma sexualização excessiva, por meio de músicas, novelas, filmes, séries de TV etc. E conforme essa sexualização cresceu a duração de namoros e casamentos curiosamente diminuiu.
      Pra mim todos esses fatores estão ligados. Os perfis comportamentais de hoje nada mais são do que o resultado da soma de vários fatores.

      Excluir
    3. Ótima reflexão Anon, me fez pensar em algumas coisas que não tinha considerado antes. Mães solteiras tendem a mimar mais os filhos pois os utilizam como válvula de escape para relacionamentos fracassados, falta de sexo no casamento, traições, vida financeira em frangalhos. O filho se torna a grande âncora emocional da mãe.

      Talvez a chave para mudar isso seria uma vida familiar estável com segurança financeira e equilíbrio sexual entre o casal. Como era na época dos nossos velhos.

      Excluir
    4. Thiago você fez uma análise do meu comentário até diferente do que eu tinha pensado quando escrevi, mas com um fechamento parecido com o que eu penso.

      Claro que não há um modelo perfeito a ser seguido, na vida muitas vezes é necessário procurar superar os contratempos que acontecem. Mas pra mim, o casal ter o papel de educar os filhos vivendo em um ambiente de união e cooperação seria o mais próximo do ideal. E não quero com isso julgar ninguém que viva ou pense de forma diferente.
      Aí que entra a questão que levantei da sexualização exagerada. Muitos casais de namorados ou "ficantes" tem filhos sem nem ter a intenção de permanecer juntos e parece que isso está cada vez mais comum. Por conta disso aliado a necessidade muitas vezes da mãe trabalhar fora de casa, filhos crescem com um contato precário com os pais.
      Fica difícil educar filhos dessa maneira. Os pais por sua vez muitas vezes meio que abrem mão de ter um contato mais próximo aos filhos outro ponto que contribui com esse cenário.
      Enfim... é um tema complexo e polêmico. Mas o fato principal é que a mudança social não é pontual, é uma mudança em todo um contexto.

      Excluir
    5. De fato a sexualização tem contribuído para a efemeridade dos relacionamentos hoje em dia. É só observar esses apps tipo Tinder, Badoo e Happn, que, sem eufemismo, funcionam como cardápio sexual.

      São os tempos modernos, mas acho que quando se decide (ou ainda que se assuma o risco) de ter um filho, a coisa muda de figura. A responsabilidade é muito grande.

      Já li, por exemplo, que esses super cuidados que os pais tem hoje em dia é reflexo de pais que trabalham muito, passam o dia fora de casa, terceirizam a criação dos filhos, e tenta compensar isso mimando a criança.

      Não sou partidário que os pais anulem suas vidas em favor de um filho, entretanto os pais precisam estar presentes, cuidar, educar e, principalmente, serem exemplo para a criança, já que se formará um ser humano ao seus moldes.

      Excluir
  4. Eu já ia falar pra você parar com a maconha antes de ler o finalzinho...rsrsrsrsrs

    O DROPS #1 é o mais preocupante pra mim hoje em dia, um assunto de muita relevância, vejo muitas pessoas próximas e não próximas, praticamente estragando uma geração inteira com mimos e criando os filhos em uma bolha.

    Das coisas mais retardadas que os pais modernos fazem, vamos citar algumas:

    O pai banca a família como sempre, mas a mãe insiste em colocar o filho na escola mais picas da galáxia, eles não tem orçamento. Ela volta a trabalhar em um emprego mediano que ganha 2 mil por mês que é exatamente o valor da escolinha picas do filho. Ela simplesmente se anula como ser humano para pagar uma escola pro filho (mimação colossal).

    Mês aniversário ou festa de aniversário TOP em Buffet High Society para crianças menores de 6 anos... Eu mal tenho memória da minha vida antes dos 6 se não fossem fotos, gastar fortunas com festas de casamento e aniversário além de serem mimos desnecessários, são atitudes matrixianas pois vão gastar ACIMA do seu padrão de vida só para se exibir para os outros. (ou exaltar o filho sem ele merecer). Além de comprometerem aportes e zerar economias importantes para a IF.

    Dar carro para os filhos aos 18 anos, sem eles merecerem. Essa é a máxima da inversão de valores, pois eles vão crescer sempre achando que os pais vão segurar todos os seus perrengues, igual ao um post recente do madruga da menina advogada.

    Deixar os filhos parasitarem em casa até os 50 anos. Tudo bem de deixar os filhos morarem em casa, mas a partir dos 18, é preciso trabalhar e contribuir com os gastos da casa. Um amigo meu está guardando todos os recibos de fraldas, roupas, brinquedos e etc e diz ele que quando o filho chegar nos 18 anos, vai gerar os boletos para ele pagar corrigido pela inflação. Veremos.

    Espero que não seja o caso de vocês mas, dar sua IF toda de mão beijada para os filhos. Também teve uma discussão muito interessante no blog do madruga à respeito desse assunto. Basicamente, se matar na frugalidade, economizando, poupando, se sacrificando, para chegar no fim da sua vida e ser extorquido por um filho ingrato e dar tudo de mão beijada pra ele gastar tudinho é o cúmulo das picas do cúmulo da mimação colossal. Atingir IF é pra curtir a vida e possivelmente torrar todo o resto antes de morrer fazendo tudo que sempre teve vontade e nunca pode.

    Se quiser atingir a IF, ele que se vire, trabalhe e acumule o próprio patrimônio.

    Não creio que a forma que nossos pais nos criaram no passado seja errada: bater, deixar de castigo, obrigar a gente comer coisa que não gosta (legumes, verduras), ficarem furiosos quando tirávamos nota vermelha na escola, se formar em escola pública, ser forçado a trabalhar, contribuir com a casa e pagar faculdade, comprar o nosso próprio veículo, nos orientar nas decisões da vida e não viver a vida por nós.

    O jeito toscão deles que possibilitou formar uma geração de pessoas capazes de abraçar a frugalidade e se dedicar à obtenção da IF.

    Não acredito que vai sair coisa boa dessa nova geração de crianças mimadas que nascem com celulares nas mãos, estudam em escolas picas e ganham carro do papai.

    Vejo filhos mandando nos pais, ao invés dos pais mandarem nos filhos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Excelentes colocações, são situações da vida real que se repetem muito. O pior é que os pais acabam, sem querer, estragando seus filhos.

      Eu sou muito partidário de que os pais não devem se anular em favor dos filhos. Tem gente por ai que vive à imagem do filho, não tem vida própria. Tem uma carreira fracassada e uma vida medíocre mas está feliz porque o filho passou de ano. É preciso ter um equilíbrio!

      Da mesma forma não vejo sentido em dar carro ou apartamento para filho. Se eu lutei para conquistar e consegui, ele também pode!

      Acho que a forma como nossos pais nos criaram ainda está por ai, ainda não morreu e dificilmente irá morrer. Mas as forças contrárias são grandes!

      Excluir
  5. Se eu tivesse um filho, não iria ter "histórias legais" para contar para ele.
    Não iria ter "truques de paquera", "jogos de futebol" ou "briguinhas vencidas na terceira série", para contar para ele. Não ia saber futebol ou videogame de luta. Dizem que não é, mas no fundo é isso que todos querem.
    Sempre fui o pateta, o feio, o nerd que tira notas boas e pobre que não tem dinheiro para nada, e ainda é esnobe porquê não dá respostas para os outros. O que sofre bullying e nada pode fazer pois a recepção em casa seria ainda pior.
    Nunca que um filho queria um pai panaca desse jeito. Um pai fraco, metido a intelectual, que não sabe nada sobre a vida. No mínimo sentiria vergonha. Não sei se vou ter filhos por esses motivos, apesar de nutrir vontade de um dia ter.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E ai Anon!

      Realmente você não está pronto pra ter um filho. Não é nem pela questão de "falta de histórias" pra contar, mas pela sua visão derrotada de si mesmo.

      A personalidade de um filho se molda a partir dos pais, portanto mude primeiro a sua visão de vida, busque o seu sucesso e realização pessoal, e depois pense em ter um filho.

      Abraços!

      Excluir
    2. Filhos não estão nem aí para trajetória dos pais. (Alguns) só valorizam isso quando chega a vida adulta.
      Eles querem exemplos sólidos, feitos, que tenham sido bem-sucedidos no passado e no presente.
      Ter um pai "estranho" é o mesmo que não ter um pai presente.
      Eu não tenho uma visão derrotista de mim, mas um filho teria.
      Eu quero desde sempre ser pai quando tiver mais condições financeiras (esses questionamentos me assolariam a vida inteiro). E se eu não tiver, tenho medo de me arrepender.
      Decisão muito dificil.
      Muito bom seu texto!

      Excluir
    3. Anon, você falou umas verdades.

      A trajetória dos pais pouco importa para os filhos, o que importa é estar presente, dar carinho, afeto, prover o que for necessário e principalmente ser um exemplo!

      A questão da condição financeira é importante, pois ter um filho além de te dar mais despesas vai te tornar mais avesso ao risco, o que pode te impedir de alçar voos maiores na carreira e finanças. Entretanto o "momento certo" nunca vai chegar, é preciso ponderar as coisas.

      Você falou que não queria que se eu filho tivesse um pai que "não sabe nada sobre a vida". Então, vá viver, se arriscar, e depois pense em filhos!

      Abraços!

      Excluir
    4. Devo está poluindo o blog com off-topic, mas esse seu artigo me lembrou dos meus anos na escola e tudo vem em cascata.
      Sou uma pessoa muito "certa", não consumo bebidas alcoólicas, fumo e detesto palavrões, detesto bar, balada, humor sujo além de outras coisas incomuns hoje em dia. Não sei nada sobre carros ou futebol. Quando tentei ser um pouco mais "aberto", só me senti mal e vi que estava sendo falso comigo mesmo.
      Filho para mim é como você falou, afeto, carinho, atenção e incentivo, coisas que eu não tive.
      Mas as exigências de uma criança são muitas. E quando essa criança vira adolescente ela constantemente estuda e analisa seus pais de uma forma muito profunda. É aqui aonde eu penso constantemente quando toco no assunto "filhos".
      Eu não quero ser pai muito velho nem neste exato momento, mais 3 ou 4 anos, eu tenho que decidir logo.
      O que mais interessa uma criança/adolescente:
      a) Um paiZÃO
      b) Um panaca de pai
      c) Um pai ausente

      Não precisamos nem pensar qual é a resposta certa.

      Excluir
    5. Anon,

      O que posso te dizer é que meu pai tem um estilo mais certinho, não gosta de sair de casa, não fuma, não bebe, etc, a diferença é que ele gosta de futebol.

      Apesar desse perfil dele eu não segui a mesma linha, adquiri minha própria personalidade, longe de ser "certinho". Entretanto, nunca o achei um panaca, pelo contrário, sempre tive orgulho da sua trajetória e dos valores que ele me passou.

      Abraços!

      Excluir
  6. Gostei muito do primeiro drop, e acho que é mais uma faceta do individualismo de hoje - e que é especialmente influente no Brasil, em que o senso de coletividade praticamente inexiste. O conceito de autoridade foi enfraquecido, a ponto de o professor sofrer com situações como a dessa charge (isso quando não apanha de aluno em sala de aula). Educar dá muito trabalho para os pais, afinal de contas..

    Confesso que não conhecia seu site, passarei a acompanhar! Abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Seja bem vindo DM!

      Realmente você abordou uma vertente interessante do problema. É uma situação que tem múltiplas facetas e causas diversas. De fato, educar não está fácil hoje em dia (E talvez nunca tenha sido).

      Abraços!

      Excluir