quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Cuidado com as Finanças: Ninguém Está Garantido! (Nem Servidor Público)

Ter as finanças equilibradas é dever de qualquer um que seja responsável pela própria vida financeira. Nunca se sabe quando emergências podem surgir, demandando gastos extras, ou mesmo a perda de uma fonte de renda, que pode comprometer o orçamento no médio/longo prazo.

Por isso, para manter a saúde financeira própria e das pessoas que dependem de você, duas atitudes são fundamentais:

1) ter uma reserva de emergência
2) ter uma gordura orçamentária

A nº 1 é intuitiva, devemos sempre ter um dinheiro separado para emergências, recursos esses que devem estar numa aplicação de liquidez imediata, para que possam ser resgatados em caso de calamidade. Comumente essa reserva de emergência é mantida na poupança, Fundo DI ou em um CDB de liquidez diária.

Em relação ao nº 2, é aquela velha história de gastar menos do que ganha. Muita gente faz isso pensando exclusivamente nos aportes, mas essa atitude também é muito importante como forma de mitigar o risco de perda de renda.

O raciocínio é simples: se um indivíduo ganha R$ 10k e tem um padrão de gastos mensais de R$ 9,5k, além de aportar muito pouco, formando um colchão financeiro limitado, ele está fortemente sujeito ao risco de amargar prejuízos e se endividar caso ele venha a sofrer uma queda de renda significativa, seja por perda de uma gratificação por cargo executivo, seja por demissão e recolocação em cargo inferior. Se esse mesmo indivíduo fosse exposto a uma situação em que seu salário caísse para R$ 6k, ele teria muita dificuldade de baixar o seu padrão de consumo (que era de R$ 9,5k), potencialmente amargando dívidas para manter o status quo. Todos nós sabemos que subir o padrão de vida é fácil e rápido, baixar o padrão é outra história.

Já se o mesmo cidadão que ganhava R$ 10k mantivesse um gasto mensal de 5,5k, além de poder ter aportado forte enquanto estava com essa renda, formando um ótimo colchão financeiro, seu padrão de consumo não sofreria tanto caso sua renda caísse para R$ 6k. Logicamente ele precisaria fazer adaptações para restabelecer seu poder de aporte, mas poderia fazer isso com tranquilidade e paulatinamente, sem necessidade de mudança bruscas de padrão de vida.

Em relação a essa possibilidade de variação da renda, admito que os servidores públicos estão menos expostos ao risco de demissão, e muitos se acomodam financeiramente pensando assim. Entretanto fazer isso é bobagem. O exemplo mais claro é o Rio de Janeiro que está sistematicamente atrasando salários e certamente os servidores ficarão longos anos sem sequer a reposição da inflação. Outros estados já falam em parcelar salários e o próprio Governo Federal já tem engatilhado um pacote de maldades para seus servidores públicos.

Servidores do RJ não tem dinheiro nem para o consignado

Mas é importante pensar nisso num contexto geral também. Para ilustrar, vou dar o meu exemplo: fiz essa postagem baseando-me num estudo de três cenários que podem acontecer comigo no curto, médio e longo prazo. As situações são as seguintes:

a) Estou pensando em mudar de setor no trabalho, o que me levaria a perder a minha função de chefia;
b) O Governo prepara um aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14%. Lembrando que servidores ingressos até 2013 (como eu), pagam essa contribuição sobre o salário integral, e não apenas sobre o teto do INSS.
c) Foi ventilado pelo governo a possibilidade de se criar uma faixa de tributação de imposto de renda de 35%.

Fazendo alguns cálculos, estimo que, caso esses três cenários se confirmassem em teria uma perda salarial de cerca de R$ 3k/mês.

Para um brasileiro assalariado como eu, perder R$ 3k no salário faz uma diferença muito grande, entretanto caso isso se efetive o meu padrão de vida não seria imediatamente afetado pois meus gastos mensais ainda estariam cobertos pelo salário que sobraria. O impacto inicial se daria sobre os aportes, mas com o tempo eu poderia ir ajustando minhas despesas (ou buscar novas fontes de renda) para me adequar a nova realidade e restabelecer o valor dos aportes.

Em relação às situações expostas, o cenário "c" é mais difícil de acontecer, embora haja vontade por parte do Governo, aumentar o IR seria um tiro no pé politicamente falando. Não é algo que deve acontecer tão cedo.

Em relação ao cenário "b", diria que é muito provável que aconteça no médio prazo. A briga e lobby no Congresso vai ser grande, mas acho difícil isso ser barrado. Talvez com muita luta no congresso se consiga fazer com que o percentual suba para 13% e não 14%.

Em relação ao cenário "a", esse já está acontecendo e é irreversível.

Os cenários "a" e "b", que provavelmente se tornarão realidade, podem diminuir minha renda em cerca de R$ 1.900,00/mês, mas, como relatei, meu orçamento está plenamente preparado para absorver essa perda, de forma que poderei avaliar com calma quais medidas tomar, e se precisarei tomá-las, para restabelecer o nível de aporte que eu estava planejando.

Por isso muito cuidado, pois o "nosso" salário ou "nossa" remuneração (como empresário, por exemplo), não são tão "nossas" assim. Por mais que pensemos que temos uma certa estabilidade num emprego ou em algum mercado, sempre há fatores externos que podem nos pegar de surpresa, impactando nossas finanças.

São nesses momentos de inverno que os poupadores se aquecem com seu cobertor financeiro enquanto os "carpem" recorrem à fogueira do endividamento.

Abraços,

Ministro

32 comentários:

  1. Caramba, Ministro!

    Pra você seria um impacto e tanto. Eu raramente consigo alcançar 1000 reais de aportes mensais...

    A situação dos servidores públicos está ficando complicada...

    Abraço!

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    1. Realmente vou sofrer um impacto relevante nos meus aportes, mas acho que vou sobreviver rsrs

      Mas de fato, a folha de pagamento do governo foi eleita como o "grande problema" do déficit fiscal, sendo o servidor público o bode expiatório da crise.

      Eu concordo plenamente que a gestão de pessoas (inclusive salarial) do Governo é péssima, mas há muitos outros problemas que contribuem muito mais com o déficit fiscal.

      Abraços!

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  2. MI....post muito bom!!! Eu tenho pensado nisso constantemente. Para voce ter uma ideia, após muita ralação e luta, virei funcionário publico estadual. Aqui no meu Estado, mesmo voce ganhando 937 reais a alíquota previdenciaria já come 14,25% de voce todo mes desde o ano passado. Fico pensando se realmente vale a pena tentar um cargo federal ou pensar em empreender nessa merda. A dúvida sempre me matando. às vezes penso até (dependendo das eleicoes de 2018/2019) tentar algo fora.

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    1. Essa alíquota de previdência tá complicada. O pior de tudo é ouvir ignorante dizendo que servidor público tem "aposentadoria integral".

      Mas é isso, o Brasil vive um momento complicado e ninguém tá escapando, empreendedor se fode com o mercado desaquecido, empregado privado se fode com a possibilidade do desemprego e servidor público também tá se fodendo, com as diversas medidas que estão sendo gestadas e vão implicar em severas reduções salariais.

      Abraços!

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  3. Sobre a proposta de ter uma aliquota de 35% do IR, o governo federal já voltou atrás. Provavel que nunca vá para frente, pois há muitos políticos que perderiam bastante nessa jogada. Sobre funcionalismo público, quem nao busca poupar todo mês está fadado a passar fome. Pode apostar MI que daqui uns 10 anos o governo vai buscar um aumento de 20% da aliquota previdenciaria.. Não podemos depender somente de governo e sempre pensar outras formas de ganhos. Abraço do Gari

    http://gariadvogado.blogspot.com.br/

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    1. Pois é Gari, a proposta de aumento de IR seria suicídio político, então já foi pro saco (por enquanto!).

      Já a previdência, como você frisou, esse aumento é só o começo, certamente chegará a níveis de 20% de contribuição previdenciária nos próximos anos.

      Por isso devemos fazer nossa parte, poupar e investir, pois mesmo sendo empregados do governo, temos que depender o mínimo possível dele.

      Abraços!

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  4. Acho saudável que a alternativa do serviço público se torne gradativamente menos interessante para as novas gerações. O problema é que não se oferece um ambiente encorajador no setor privado. Ou seja, nada mais natural do que essa fuga de cérebros, que até aumentou recentemente.

    Abraço!

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    1. Eu concordo com você Mascada, mas temos que pensar o seguinte: o ideal é termos oportunidades férteis para quem quer empreender, trabalhar no mercado privado, ou ser servidor público.

      O mercado privada hoje é uma merda, e pensar que tornando o serviço público também uma merda melhoraria as coisas é ter uma visão muito estreita.

      Devemos pensar em um país que dê oportunidades (ou pelo menos não gere empecilhos para isso) nas 3 esferas que citei, para assim as pessoas buscarem seguir rumos profissionais baseadas em sua aptidão/vocação e não pensando em privilégios e benefícios de uma ou outra área.

      Abraços!

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  5. Realmente ministro, hj mesmo estava a escrever meu post mensal justamente sobre isso, ai vim ler seu texto, os aumentos do RGA devido a alta inflação dos governos petista, colocou o funcionalismo em uma linha de fogo, criticas e outros. Temos que nos preocupar, pois sofreremos muitas sanções enquanto durar a crise!

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    1. E ai Srinivasa!

      Realmente você colocou bem, o servidor público está na linha de fogo da crise. Enquanto se desperdiça MUITO dinheiro público das formas mais inimagináveis possíveis, o funcionalismo foi eleito como o vilão do orçamento.

      Afinal, dar porrada em servidor público é muito cômodo para o Governo, pois o povão aplaude!

      Abraços!

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  6. É Ministro,
    Sou funça e sei como tá complicado viu...
    No meu estado a quota previdenciária de 14% já foi votada e tá valendo para o funcionalismo público. Some isso à defasagem salarial de 82%, usando como parâmetro os últimos dez anos, apenas, surreal!
    A segurança financeira é fundamental para que ganha 50k, 10k, 5k ou 937 pilas, qualquer realidade financeira está sujeita à contratempos e intempéries, temos que zelar por nosso presente e futuro!
    Abraço!

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    1. Pois é Lorde!

      Ao que tudo indica o inverno vai ser prolongado para os servidores público, devemos estar preparados, independente do salário!

      As perspectivas não são animadoras!

      Abraços!

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    2. Pois é, vem aì: congelamento de aumento salarial já estabelecido em lei; perda com inflação, aumento da aliquota do psss para 14% sobre o salario bruto, nenhuma perspectiva de novos aumentos salariais, etc...em fim, só bomba. Estou nesse barco tambem. O negócio é aumentar os aportes enquanto pode...pois o inverno vai longo e tenebroso...

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  7. Grande Ministro

    Cara, muito pertinente seu post. Como sou servidor do executivo federal, essas notícias dos últimos dias vieram como uma bomba! O adiamento do reajuste, o aumento da contribuição previdenciária, o possível aumento do IR, e agora esses tais 30 níveis, que se passar vai me afetar também. Já fiz e refiz vários cenários. Graças a Deus, hoje tenho essa "gordura" financeira, e estou como você: se acontecer, não vou ser forçado a baixar o padrão de vida imediatamente. Vou ter sim que baixar pra manter o padrão de aporte, como você disse, mas não será de forma drástica.

    Agora vou te falar viu, esse Temer tá nem aí pra os servidores, incucou que a culpa do rombo é em grande parte do serviço público. E como muitas pessoas veem os servidores como "faz nada" essas medidas acabam sendo bem recebidas. Não sabem que isso prejudica serviços públicos essenciais como na saúde, na educação e na segurança.
    Isso desmotiva todos e o serviço não rende. Fora o fato de os mais preparados pra o serviço desistirem de buscar a carreira pública, prejudicado ainda mais a população, já que o serviço público é pra atender ao público.

    Agora dinheiro pra emendas tem, dinheiro pra manter ministérios e cargos comissionados tem, tudo pra se safar das denúncias. Falta culhões pra cobrar os impostos atrasados das grandes empresas.
    Sem falar no congresso, liberando bilhões pra AUMENTAR a verba pra campanha. Caramba, que país viu!
    Deus tenha misericórdia.

    Uma hora ele sai daquele habeas corpus presidencial. E quando isso acontecer, essas maldades contra os servidores diminuirão (assim espero).
    E ele, gostando ou não, vai ser julgado pelo STF, nem que seja depois do mandato.

    Outra coisa, agora pra fazer outro concurso no executivo, com esse teto inicial, ficou inviável pra muitos, inclusive pra mim, que já vinha estudando.
    Melhorar a renda, como você aconselhou, agora tem que ser no judiciário, legislativo, ou iniciativa privada.
    Já vou arregaçar as mangas

    É amigo...

    Força e fé nesse momento difícil.


    Desculpe o desabafo aqui nos comentários. É que essas coisas são difíceis de engolir

    Abraços

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    1. Excelente colocação Diário!

      Realmente esse Presidente está completamente perdido. Eu fico até meio desanimado com o futuro do país pois de um lado tem Lula/Dilma/PT e do outro lado tem isso que estamos vendo ai...complicado...se correr o bicho pega se ficar o bicho come.

      Esse teto de R$ 5 mil pra todo o Executivo Federal foi a maior loucura que eu vi nos últimos tempos, é uma demonstração de total despreparo e desconhecimento de qualquer boa prática de gestão.

      Teria outras formas muito melhores e eficientes para adequar o salário dos servidores. Numa conversa de bar sairiam medidas muito melhores que essa.

      E como você disse, dinheiro para emendas, para perdoar imposto sonegados, para repatriar dinheiro sujo do exterior, para políticas públicas falidas, para cargos comissionados, etc. Isso não falta.

      Felizmente no meu caso já estou numa carreira em que estou satisfeito, mas quem pretendia fazer outros concursos para órgãos do executivo, de fato, terá que repensar isso.

      Abraços!

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  8. Olá Ministro. Também sou servidor público federal. Atualmente cobram 11% do teto do meu salário. Se essa porcentagem aumentar aí complica mais. É poupar e investir para não depender de ninguém.

    Abraços.

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    1. Pois é Cowboy, estou no mesmo barco.

      Como eu disse em outro comentário, as perspectivas para os servidores públicos não são boas para os próximos anos. Devemos, cada vez mais, focar nos aportes e nos investimentos!

      Abraços!

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  9. https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2017/08/17/estados-maquiam-rombo-da-previdencia-e-declaram-quase-r-30-bilhoes-a-menos.htm

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    1. Essa questão da metodologia de cálculo do "rombo" da previdência é uma eterna polêmica.

      Já ouvi, por exemplo, de um servidor do alto escalão do INSS, que se o dinheiro da previdência fosse destinado apenas para o pagamento de aposentadoria (excluindo-se a assistência social), a previdência seria superavitária.

      Vai saber né....não sou estudioso do assunto.

      Abraços!

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  10. Fala Ministro, acho que nessas horas é mais importante a gordura mensal: fazer um planejamento para viver com x% do salário para anão ser pego de calças curtas. Abraço!

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    1. E ai Finansfera!

      É exatamente isso, temos que manter sempre uma gordura no orçamento. Quem vive na corda bamba uma hora cai!

      Abraços!

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    2. Pois é, Finansfera, concordo. Atualmente vivo com 55% do meu salário e estou bem satisfeita (e nem ganho muito), e vejo colegas de trabalho que ganham o dobro e vivem atolados em dívidas.

      Luísa

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  11. Sou servidor do estado mais fudido de todos.o 13° do ano passado tao pagando ainda. Como nao tem como mandar embora parece que estao fazendo de tudo pra pedirmos pra sair. No futuro será tudo terceirizado. Excelente post SM.
    Abraço

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    1. E ai Rabugento!

      Pois é, não tá fácil pra ninguém!

      Abraços!

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    2. Rabujento, eu tbm já estou vendo por esse lado. No futuro os terceirizados vão tomar de conta. Essas empresas são na maioria de pessoas ligadas a politicos. Então é a nova mina de ouro. Com o tempo os concursados vão perdendo espaço e os terceirizados (muito mais baratos) vão entrando e tomando todas as posições. Isso já está acontecendo no meu orgão. Para o obedecer a Constituição é só o orgão fazer um concurso com uma ou duas vagas e já está tudo legal. Um horror....futuro tenebroso para o serviço publico.

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  12. É Ministro,

    Ainda bem que eu tomei gosto de aportar ao mínimo 50% do meu salário, o que não deixa meu padrão de vida subir tanto e me mantem com uma segurança.

    Abracos do BnA

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    1. E ai BnA!

      Esse seu nível de aporte é excelente! Vai te dar muita segurança para encarar situações que possam impactar a sua renda!

      Abraços!

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  13. Sr. Ministro, pois é, os funcionários públicos, por via de regra, acabam se acomodando com o salário, e fazem isso muito rapidamente.
    Aliás, acostumam-se também a todos os "extras" como funções de chefia, etc, que sabem que são temporários.
    Ai surgem os "amigos", o conhecido "consignado".
    Está ai uma das receitas do insucesso.

    Forte abraço

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    1. E ai FPI!

      Pois é, tem muito servidor público lascado financeiramente justamente por conta da acomodação.

      Gastam tudo pensando que tem a vida garantida e quando vem essas "surpresinhas" afetando a renda, entram rapidinho no consignado para manter o padrão de vida, e assim gira a roda da corrida dos ratos.

      Abraços!

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  14. Belo post ministro.
    A última frase é emblemática.

    Gosto também da frase do Bastter "Acabou o milho, acabou a pipoca"!
    Servidor público que acha que o dinheiro dele vem de Júpiter vai se dar mal.
    Deveria sim era policiar o governo e ajudar a denunciar os corruptos assim como fazem os liberais e os libertários.

    Não sei se sempre foi assim, mas está muito ridículo os funças defendendo o PT e a esquerda no geral, não que a direita seja santa, pq não é, mas não dá pra defender corrupto, no fim das contas tá todo mundo no mesmo barco, uma hora a conta chega pros funças também.

    Grande abraço

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    1. E ai Frugal!

      De fato, muitos servidores públicos são alienados e pensam que seu dinheiro vai estar sempre garantido, que são imunes a crises, etc. Ledo engano. Mas isso não significa que não se denuncia corrupção.

      Aliás, comprovar um crime de corrupção é MUITO difícil, mesmo para especialistas. Se não fosse o instrumento da delação premiada, nunca teria se descoberto tantos crimes como nos últimos anos.

      Como você colocou, muitos servidores esquerdistas que estavam dentro do armário nos últimos tempos estão botando as garras de fora em decorrência das últimas medidas do Temer.

      A verdade é que é muito difícil defender grupo político A ou B no Brasil, todos fedem. O brasileiro está caminhando para adotar de vez como lema político aquela velha máxima "rouba, mas faz".

      Abraços!

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