quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Atualização Patrimonial Agosto/2018: R$ 257.402,35 (+ R$ 10.142,39) e Rentabilidade ( - 0,49%)



Talvez essa tenha sido a atualização patrimonial mais tardia que eu já fiz, mas esses dias estão muito corridos. Além da correria normal do trabalho eu meio que espremi algumas viagens (inclusive uma internacional que farei na próxima semana) no 2º semestre do ano, então toda aquela coisa de planejar viagem, reservar hotel, comprar moeda, etc, tem me consumido mentalmente.

Fora outras viagens que "terei" que fazer (casamento de amigo de infância, visitar família, etc). Não reclamo, acho muito legal viajar, porém isso também implica em aumento de gastos, contudo acredito que estou equilibrando bem as finanças e ainda tenho uma pontinha de esperança de terminar o ano atingindo a meta que estabeleci (patrimônio de R$ 300 mil).

Essa correria também gerou como consequência um certo desleixo com os investimentos nos últimos dois meses - não um desleixo de gastar dinheiro, se endividar, nada disso - na verdade estou cometendo o deslize de deixar dinheiro parado na conta corrente por pura preguiça de investir. Tenho mais ou menos uns R$ 15 mil aguardando destinação, porém só devo fazer isso quando retornar de viagem.

Corpo e Saúde

Um destaque bem interessante dos últimos dois meses, não exatamente relacionado com finanças, mas tão importante quanto, é o aspecto saúde. Desde o início do ano eu tinha me comprometido a emagrecer (como 99% das pessoas fazem), cheguei a ir ao nutricionista, porém acabei não levando muito a sério esse objetivo.

Porém, desde meados de julho alguma "chave" virou na minha cabeça e eu simplesmente decidi que era a hora. Troquei de nutricionista, comecei a seguir e acompanhar uma galera da nutrição no Instagram e li o excelente livro "4 Horas Para o Copo" do Tim Ferris. Depois devo fazer um post especificamente sobre isso, mas em 2 meses perdi cerca de 3 kgs de gordura e ganhei 2 kgs de massa magra, sem fazer tanto sacrifício, sem jejum, sem suplementos. Baixei meu % de Gordura de mais de quase 29% para 24% em 2 meses. Para uns isso pode ser bom, para outros ruim, mas pra mim foi um puta resultado e vou seguir firme. Havia estabelecido como meta o percentual de gordura de 15% ao final do ano e vou brigar por isso!

Reavaliação de Bens


Uma vez por ano, nos meses de agosto, eu faço a reavaliação dos meus bens, basicamente um carro e um apartamento. Tenho uma planilha de balanço patrimonial onde registro tudo (que é diferente da carteira que publico aqui no blog) e sempre busco registrar os bens pelo seu valor de mercado.

Em relação à carteira do blog, o impacto se dá pelo valor de mercado do imóvel que tenho (lembrando que não moro nele, hoje o mantenho alugado me gerando renda), uma vez que o registro que faço na carteira é o valor de mercado deduzido do saldo devedor do financiamento.

Tenho relativa segurança pra levantar o valor de mercado desse imóvel pois sempre tem muitas ofertas de apartamentos com a mesma planta e no mesmo condomínio.  No ano passado minha base de comparação foram 33 anúncios, nesse ano consegui levantar 23 anúncios. Pois bem, em 2017 o valor de mercado desse imóvel havia declinado 0,2%, nesse ano o valor de mercado subiu 2,2%.

Apenas a título de informação, já que não integra a carteira, o valor de mercado do meu carro caiu, em um ano, 4,2%.



Carteira de Investimentos

Vamos então às finanças propriamente ditas:

Aporte do mês:  R$ 5.162,31

Papéis comprados: 45 EGIE3, 200 GRND3 e 200 ITSA4

Carteira:




Em relação à rentabilidade, em julho houve um ensaio de recuperação mas em agosto voltamos ao negativo e tudo indica que continuará assim até, pelo menos, o começo do próximo ano. Lógico que se o João Amôedo começasse a subir nas pesquisas o cenário ir mudar muito, porém, infelizmente, é improvável que isso aconteça.




Então é isso, eu particularmente seguirei acreditando na renda variável brasileira e devo destinar, pelo menos até o fim desse ano, 100% dos meus aportes para ações e FIIs. A partir do próximo ano, a depender do cenário que se desenhe para o país, começo a pensar em frear um pouco o ímpeto pelo investimento na bolsa.

Abraços,

Senhor Ministro

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Que Brasil Você Quer Para o Futuro?

Que Brasil Você Quer Para o Futuro?
 
Há alguns meses a Rede Globo lançou a campanha "Que Brasil Você Quer Para o Futuro" convidando um bando de imbecis, quer dizer, telespectadores, a enviarem vídeos em que expressam a sua visão de país ideal para o futuro. O problema é que o Brasil que as pessoas querem para o futuro é um país inviável e fadado o fracasso.

Eu não costumo assistir muita TV, mas às vezes assisto alguns trechos de jornais da Globo e vira e mexe vejo alguns desses vídeos dessa campanha. Não posso afirmar estatisticamente pois não assisti tantos vídeos assim, mas o que percebo é que 90% das expectativas externalizadas pelas pessoas para o "Brasil do Futuro" é basicamente sobre um país em que os políticos não roubem e o governo atenda a todas as necessidades do povo (saúde, educação, emprego, renda, moradia, segurança, comida, roupa, lazer, cultura, terra, etc).

O primeiro destaque em relação a isso é que esses dois desejos ("políticos honestos" e "Estado ultra provedor") são antagônicos. Quanto maior a demanda por um Estado provedor, maior esse Estado precisa ser, necessitando de mais recursos, mais pessoas, mais órgão públicos, etc. Por sua vez, quanto maior for a abrangência governamental e o volume de recursos públicos à disposição do governo, maior será o apetite de agente públicos (políticos ou não) e privados para ficar, ilegalmente, com parte desse enorme bolo, seja o bolo do "dinheiro", seja o bolo do "poder".

O outro destaque é essa tara por um Governo que proporcione tudo aos cidadãos: as pessoas, principalmente as mais humildes, esperam que a solução para tudo venha do governo, as crianças e jovens crescem aprendendo que é obrigação do Governo dar uma vida confortável para "seus" cidadãos, filhos da pátria. Um exemplo bem universal disso é a previdência, a esmagadora maioria das pessoas apenas vão trabalhando "normalmente" pois sabem que sua velhice será garantida pelo aposentadoria "do INSS". Ora, pra quê se preocupar em fazer poupança, investimentos, pé de meia ou previdência privada para a aposentadoria se o INSS está ai pra isso?

Essa cultura gera dois grandes problemas (certamente há outros que não me vem à mente agora): primeiro a síndrome da "gratidão". Como as pessoas esperam que o Governo aja como uma mãe, elas estão sempre apresentando demandas. Uma vez que essas demandas são atendidas cria-se o sentimento de gratidão ao político/governante que viabilizou esse atendimento. O político, por sua vez, usa dessa gratidão para se perpetuar no poder, até chegar ao ponto em que essa gratidão é tão grande que o político em questão pode até usar seu mandato em prol de interesses particulares que, mesmo assim, o público ainda vai lhe apoiar.


Que Brasil Você Quer Para o Futuro?
"Rouba mas faz"
Outro problema está relacionado com o comportamento vitimista que é adotado sistematicamente pelas pessoas, que acham que um ser externo (Governo) tem a obrigação/dever de lhe dar uma vida confortável, ao mesmo tempo em que culpam esse mesmo Governo por suas mazelas. Ou seja, a pessoa abre mão do protagonismo da sua vida, da sua individualidade e do seu potencial e deposita todas suas esperanças sobre um ente abstrato que, não raramente, é comandando por pessoas não comprometidas com o interesse público.

Existe toda uma discussão filosófica acerca disso, nesse sentido destaco um trecho interessante que li num blog aleatório pela internet em que é falado sobre Antonio Gramsci e o Marxismo Cultural:



Esse papo filosófico é longo e certamente eu não sou especialista para debater sobre isso, mas acerca dessa natural devoção e expectativa das pessoas em relação ao Estado, penso que poderíamos mudar essa perspectiva fazendo uma leve alteração na pergunta da campanha da Rede Globo: ao invés de perguntar "que Brasil você quer para o futuro?" a pergunta mais adequada seria: "Que Você o Brasil Terá no Futuro?".

Abraços,

Senhor Ministro