segunda-feira, 30 de julho de 2018

Análise Fundamentalista: Grendene 2T2018 - Queda de 30% no Lucro!!! O Que Aconteceu?!?

E cá estamos nós em mais uma safra de balanços!

Estamos em momento de divulgação dos balanços do 2T2018 e é chegada a hora de fazermos aquela breve análise das empresas dais quais somos sócios. Todos já sabemos que, como investidores de valor, buy and holders, buscamos boas empresas para sermos sócios e colher os frutos no longo prazo, porém isso não significa que vamos sentar em cima das nossas ações e esperar o tempo passar, não podemos esquecer que uma empresa muito boa pode ficar muito ruim, assim como o contrário também é possível, uma empresa muito ruim se tornar muito boa.

E para acompanharmos o desempenho das empresas das quais somos sócios temos como principal insumo os demonstrativos financeiros, popularmente conhecidos como balanços. Portanto, como investidores em ações, precisamos pelo menos a cada 3 meses dar uma olhadinha nos balanços trimestrais das “nossas” empresas para vermos como elas estão se saindo. A ideia é nos mantermos sócios de empresas boas e que permaneçam boas e deixar de ser sócios de empresas que eventualmente fiquem ruins.

E a escolhida para analisarmos hoje é a nossa queridíssima Grendene, líder de mercado no segmento de calçado, detentora de marcas fortes e consolidadas como Melissa, Ipanema, Rider, dentre outras.  

No 2T2018 a Grendene apresentou um resultado que assustou muita gente: lucro líquido quase 30% inferior ao aferido no 2T2017.

Mas calma, não criemos pânico, vamos entender exatamente o que aconteceu!


O primeiro item que vamos analisar é a Receita!

RECEITA



A receita é um dos principais indicadores de crescimento de uma empresa, se a receita está crescendo significa, a grosso modo, que a empresa está vendendo mais produtos (o que é ótimo) ou, mesmo que não haja aumento da quantidade de produtos vendidos, a companhia está conseguindo cobrar um ticket maior por suas mercadorias (o que também é ótimo).

Como vemos no quadro acima, no caso da Grendene a receita do mercado interno ficou praticamente estável, sendo as receitas advindas das exportações o carro chefe do crescimento de 1,6% na receita bruta total, que, diga-se de passagem, não é um crescimento tão significativo. O crescimento das receitas de exportações ocorreu, principalmente, em virtude da valorização do dólar frente ao real, explico: supondo que a companhia vende seus sapatos no exterior por $ 10 dólares, antes isso equivalia a R$ 33,00 mas com a desvalorização do real hoje os mesmos $ 10 dólares valem cerca de R$ 40,00.

Uma das justificativas da companhia foi a greve dos caminhoneiros, conforme trecho seguinte extraído do release:

"Entretanto, no 2T18 vários acontecimentos afetaram os negócios de uma forma geral. A greve nos transportes interrompeu a  tímida  recuperação  do  consumo  no  Brasil  e,  embora  não  tenha  afetado  significativamente  nossa  produção em  nossa avaliação afetou o sell-out com o varejo apresentando estoques mais elevados por falta de vendas nos dias da paralisação ou  estoques  em  trânsito,  retidos  nos  bloqueios  das  estradas.  Também  afetou  nossas  exportações,  especialmente  para  América Latina, cujo transporte é rodoviário".

ESTRUTURA DE CUSTOS


Em companhias industriais, como é o caso da Grendene, o custo dos produtos vendidos (CPV) merece especial atenção pois qualquer descontrole nos custos da produção pode impactar fortemente o resultado do período. Lembrando que custos são os dispêndios relacionados diretamente com a produção de mercadorias (exemplo: pessoal da fábrica, manutenção de máquinas, aluguel e energia dos complexos fabris, etc), já as despesas são os demais gastos não relacionados com a produção, como gastos com as lojas, salário de vendedores, bônus de diretores e executivos, marketing e propaganda, etc.

Vamos aos números da Grendene:


A melhor forma de analisar a evolução dos custos é compará-lo de forma relativa em relação a receita. Para tanto vamos utilizar o indicador margem bruta (lucro bruto/receita líquida). A margem bruta da Grendene em 2T2017 foi de 45%, já em 2T2018 caiu para 44%, portanto isso indica que houve um crescimento proporcional de 1% dos custos. Não é nada alarmante mas merece o destaque.

No Release a própria Grendene justifica esse fato da seguinte forma:

"A  insegurança  política  pela  proximidade  e  indefinição  das  eleições,  a  greve  nos  transportes,  o  mercado  externo  mais turbulento e a volatilidade cambial contribuíram para o aumento de preços em diversas matérias primas e insumos, inclusive nos nossos produtos o que afetou nossa margem bruta que caiu 1 pp no 2T18 em relação ao 2T17".

DESPESAS OPERACIONAIS


Como destaquei anteriormente, as despesas são os gastos não relacionados com a produção de mercadorias. Na Grendene, destacam-se as despesas gerais e administrativas (DG&A), despesas de publicidade e propaganda, e despesas de vendas. Vamos ver então os resultados:



Observa-se portanto que todos os tipos de despesas caíram em valores absolutos e proporcionais. Tamanho empenho da empresa em enxugar despesas provavelmente se dá em virtude da consciência da estagnação econômica que ainda paira sobre o setor. Isso é bom ou ruim? Depende! Diminuir gastos com marketing nem sempre pode ser bom para uma empresa, por exemplo.

RESULTADO OPERACIONAL (EBIT)


O resultado operacional é o lucro efetivamente gerado pelo negócio, ou seja, deduzindo-se os custos de produção e as despesas operacionais. Esse é um excelente indicador para aferir o desempenho da companhia no que se refere às suas operações, que no caso da Grendene trata-se de produção e venda de calçados. Vamos então aos números:

Observa-se portanto que houve um incremento de quase 9% no lucro operacional da companhia, comparando-se o 2T2018 com o 2T2017, me parece um ótimo número. Porém isso não significou necessariamente crescimento do lucro líquido e no próximo tópico vamos entender o porquê.

RESULTADO FINANCEIRO


O resultado financeiro é segregado do resultado operacional pois não está diretamente relacionado às operações da empresa. A Grendene não é uma empresa financeira, sua operação é produzir e vender calçados, porém ela também faz investimentos financeiros, opera com derivativos e faz hedge cambial. Tudo isso é refletido no resultado financeiro.

E foi justamente o resultado financeiro o grande vilão da Grendene no 2T2018, vejamos:



Observe que houve uma queda de 66,7% no resultado financeiro, equivalente a R$ 64 milhões inferior ao mesmo trimestre de 2017. Tal fato impactou de forma significativa o lucro líquido. O principal motivo dessa forte queda no resultado financeiro foram operações com derivativos cambiais, não que a empresa tenha feita "apostas" em derivativos, ela apenas usa esses instrumentos para fazer hedge de suas receitas no exterior, entretanto a grande volatilidade do câmbio após a greve dos caminhoneiros acabou gerando essa distorção no resultado financeiro. Porém, esse prejuízo contábil com operações cambiais no mercado futuro tende a ser compensado com as receitas em dólar dos próximos dois trimestres.

LUCRO LÍQUIDO


Como destaquei anteriormente, o lucro líquido da Grendene caiu quase 30% no 2T2018 em relação ao 2T2017, e como vimos, embora a companhia tenha incrementado o seu resultado operacional, a grande queda do resultado financeiro levou ao decréscimo de 28,4% no lucro líquido em relação a 2T2017, conforme números abaixo:


OUTROS INDICADORES


Vimos acima os indicadores relacionados ao resultado da empresa, porém existem outros indicadores importantes, vou relatar alguns a seguir:

1. Geração de caixa estável
2. Baixo endividamento
3. Ótima Margem Líquida
4. Ótimo ROE
5. Bom Dividend Yeld

CONCLUSÃO


A Grendene é uma companhia muito estável, que vem crescendo sempre de forma moderada, sem grandes surpresas. Eu trataria essa grande queda do lucro no 2T2018 como algo acarretado por um evento não recorrente: como a própria companhia destaca no release, as perdas contábeis em virtude dos contratos futuros em dólar serão compensadas pelas vendas em dólar nos próximos meses. E como é algo da natureza dos eventos não recorrentes, esse "estrago" tende a não se repetir.

Portanto no que concerne às operações da Grendene ela continua muito bem, o mercado interno de calçados parece ainda estar baqueado mas a companhia vem conseguindo bons resultados.

Quando se trata de Grendene é mais ou menos isso: crescimento devagar e sempre. É uma empresa conservadora e que, talvez justamente por isso, consegue entregar bons resultados para seus acionistas por longos períodos de tempo.


E ai, o que você achou dessa análise? Faz sentido pra você?

Diz aqui embaixo nos comentários!

Abraços,

Senhor Ministro

contato: mininvestimento@gmail.com

sexta-feira, 27 de julho de 2018

A Estratégia do Lobo de Wall Street Para Vender Ações


 
Atualmente estou lendo o livro "Os Segredos do Lobo - O Método Infalível de Vendas do Lobo de Wall Street" onde Jordan Belfort (o Lobo de Wall Street) fala do método que ele utilizava para treinar sua equipe de corretores para vender ações. No caso, Belfort fez fortuna vendendo ações baratas de pequenas empresas supostamente promissoras para ricassos acostumados a comprar apenas ações "blue chips".

De acordo com o próprio Jordan, o seu método, que ele denomina de "Linha Reta" é tão eficiente que ele fez com que "um bando de idiotas que mal saíram da adolescência confrontar os mais ricos investidores dos Estados Unidos". Muitos desses "idiotas" ficaram milionários ganhando comissões pela venda de ações na corretora Stratton Oakmont. Segundo Jordan, o seu método era tão eficiente e fácil de seguir que era "virtualmente à prova de idiotas".

Uma das coisas interessantes do livro é que o Jordan defende que por mais que alguém saiba as palavras certas a serem ditas para um potencial comprador (ou alguém que precisa ser persuadido), apenas as palavras não são suficientes para se esquivar da mente lógica do comprador e criar uma reação emocional, que é o que move a maior parte das pessoas a tomar uma decisão.

Para tanto, o autor defende que existem dois elementos fundamentais que vão fazer com que um vendedor consiga falar com o lado emocional do comprador: o tom de voz e a linguagem corporal. Ele diz que o seu tom de voz, o modo como move o corpo, suas expressões faciais, o tipo de sorriso que oferece, o jeito como se veste, o modo como estabelece contato visual e todos aqueles grunhidos enquanto se escuta alguém falar (ooh, aah, hanram etc) são parte fundamental da comunicação e causam enorme impacto em como você é percebido. Jordan defende que a comunicação humana é realizada 45% pelo tom de voz, 45% pela linguagem corporal, e apenas 10% pelas palavras efetivamente proferidas.

Não dá pra eu falar detalhadamente de cada aspecto do método "Linha Reta" pois esse post ficaria gigantesco (e talvez eu sofresse um processo por direitos autorais rs) mas uma das partes do "Linha Reta" que eu achei mais interessante e replicável para diversos momentos da nossa vida cotidiana e profissional é o método da "Âncora Olfativa".

O cerne desse método é o seguinte: para que você tenha chances de persuadir alguém - seja para fazer uma venda, apresentar um projeto, fazer uma entrevista, convencer seu filho ou esposa a agir de certa forma, conquistar aquela gata, etc - é preciso estar num estado emocional de poder. Esse estado emocional deflagra os quatro Cs: certeza, clareza, confiança e coragem.

A questão é que ninguém é 100% confiante e tem 100% certeza de tudo a todo momento, e isso nem é saudável, afinal aqueles que tem certeza de tudo toda hora são mais conhecidos como "cara chato" ou "idiota", certo? Ai que está o X da questão, o Jordan ensina com seu método como despertar esse estado de poder em momentos específicos.


O MÉTODO DA ÂNCORA OLFATIVA

Esse método não foi inventando 100% pelo Jordan Belfort, na verdade é um método bem antigo originário da PNL, sobre o qual eu já tinha lido e até tentado colocar em prática, mas a forma como o Jordan apresenta me pareceu bem interessante. A ideia é que podemos ser provativos no que diz respeito a escolher nosso estado emocional, ou seja, deixamos de ser reféns das circunstâncias da vida e passamos a escolher de forma consciente nosso estado emocional.

Para ilustrar, cito um cientista russo chamado Ivan Pavlov, conhecido por seus estudos relacionados à psicologia do comportamento. Certa vez ele fez um experimento que consistia no seguinte: presentear um cachorro faminto com um pedaço de carne ao mesmo tempo que se toca um sino. Previsivelmente o cachorro começou a salivar assim que viu a carne, enquanto o som do sino era só uma coincidência, pelo menos no início. Contudo, o que Pavlov logo percebeu é que a medida que ele ia repetindo o processo não demorou para que o cachorro começasse a salivar simplesmente ao som do sino, a carne não era mais necessária.

Na PNL o som do sino tocando é chamado de âncora e o processo pelo qual dois itens não relacionados (sino e carne) estabelecem um ligação dessa forma é chamado de fixar âncora. Dessa forma, para conseguirmos "ativar" o estado emocional de poder, o método mais eficiente seria criar uma âncora para despertar esse estado. Mas como fazer isso?

O passo a passo tradicional da PNL é o seguinte:

1. Escolha um Estado: estabeleça uma intenção para o estado emocional que você quer ancorar (estado de certeza e confiança, por exemplo)

2. Escolha sua Concentração: fechar os olhos e retomar um momento em que você estava naquele estado de certeza e confiança e criar uma imagem desse momento na sua mente

3. Escolha sua Fisiologia: mudar sua fisiologia para corresponder àquele estado, por exemplo, ficar em pé sustentando a cabeça com certeza, caminhar com confiança, etc.

4. Intensifique seu Estado: foque novamente naquela situação em que você se sentiu com certeza e confiante e tente buscar mais detalhes da situação para intensificar o sentimento.

5. Estabeleça sua Âncora: Pegar o estado intenso que você acabou de criar e ligá-lo a uma palavra ou um mantra, algum som externo ou alguma sensação aguda, como bater palmas ou gritar a palavra "sim".

O PULO DO GATO

No livro, Jordan relata que tentou por diversas vezes seguir esses cinco passos para construir sua âncora porém não obtinha resultados satisfatórios. Ele identificou basicamente duas coisas: não é nada fácil conseguir estabelecer um estado de absoluta certeza por meio de memórias, pois por mais que tenhamos boas lembranças, dificilmente apenas memorar o fato vai nos levar para um estado de pico absoluto de certeza. Outro problema era a âncora, não adianta estabelecer uma âncora genérica demais como pular, bater palma ou gritar a palavra "sim". É preciso ter uma âncora muito específica e individual para despertar aquele estado.

No fim das contas, ele se deu conta de que a única forma infalível de estar naquele grau megaintenso de absoluta certeza e confiança para estabelecer uma âncora legítima era esperar até estar nesse estado organicamente, e ai sim, estabelecer a âncora. Já para a âncora, ao invés de escolher âncoras genéricas, como as citadas acima, ele escolheu uma âncora muito específica: uma âncora olfativa. Ou seja, a âncora para ser vinculada ao estado emocional de certeza absoluta seria cheirar algo específico. Lá nos tempos de Lobo de Wall Street certamente ele usou como âncora muitas substâncias ilícitas, porém no livro ele recomenda o produto Boom Boom Energy (não sei se existem similares no Brasil, mas pelo que pesquisei esse BoomBoom é uma espécie de tubo que exala determinadores odores e que geram benefícios como melhorar respiração, combater sinusite, melhorar concentração, etc)

Portanto, resumidamente a ideia é a seguinte: esperar aquele momento impressionante em que você fecha uma grande venda, faz uma grande apresentação, conquista a mulher mais gata da festa, ou qualquer situação que te leve a um estado de absoluta certeza e confiança, e, nesse instante, sacar o tubo de BoomBoom e dar uma grande inalada em uma narina de cada vez, para fixar bem aquele odor. Depois cerre o punho e aperte com força, para que consiga sentir as unhas apertando a palma da sua mão e solte a palavra "sim" (ou "yes") de forma decidida.

A partir dai, sempre que passar por outra situação de absoluta certeza, reforce a âncora, dê mais uma cheiradinha. Com a prática o simples fato de sentir aquele cheiro em específico vai te despertar o estado emocional de certeza e confiança absoluta.

CONCLUSÃO


Eu ainda não testei esse método mas me parece extremamente interessante. Não sei se no Brasil vende algo semelhante a esse BoomBoom mas se houver vou comprar um e deixar a postos. Na próxima situação em que eu me sentir no estado de certeza e confiança absoluta, vou começar a testar o método.

E você, já conhecia ou já tentou algo do tipo?

Abraços

Senhor Ministro

contato: mininvestimento@gmail.com

Caso queira conhecer melhor o livro, é só clicar no link abaixo:


terça-feira, 24 de julho de 2018

Minha Homenagem ao Viver de Construção

Ontem foi com muita surpresa, choque, incredulidade e tristeza que recebi a notícia do falecimento repentino do nosso colega Viver de Construção, um cara jovem, saudável, cheio de objetivos que teve a vida encerrada de forma abrupta. Sinceramente, no início achei que fosse uma brincadeira de mal gosto, ou que alguém havia invadido a conta do blogger dele, mas quando os mais próximos a ele confirmaram o fato, realmente fiquei muito triste.

Embora eu não o conhecesse pessoalmente, a forma como ele estava sempre escrevendo, fazendo desabafos sobre sua vida profissional, respondendo comentários e comentando nos blogs, e apoiando novos blogueiros, nos fazia tê-lo como um verdadeiro amigo. Inclusive o apoio dele foi muito importante para o crescimento do meu blog: o blog Viver de Construção é a segunda maior fonte de tráfego aqui do blog, perdendo apenas para o Google.

Nossa comunidade de blogs de finanças envolve muita gente, são dezenas de milhares de pessoas que leem esses blogs costumeiramente. Já tivemos alguns grandes expoentes como Viver de Renda e o Pobretão, e sem dúvidas o Viver de Construção está no rol dos grandes ícones da Blogosfera. Independente de concordar ou não, gostar ou não de todas suas postagens eu o via como uma espécie de líder dos blogs de finanças, falar em Viver de Construção era sinônimo de falar da blogosfera de finanças.

O mais triste é que o cara deixou a vida no seu auge, há um mês havia comemorado o atingimento da chamada tranquilidade financeira, quando atingiu renda passiva superior ao seu salário, estava a todo vapor com seu novo site "Informaremos", planejava viagem pra Europa e até falava em ter filhos.

Se sua esposa ou alguém da família um dia ler isso, o que eu queria deixar é uma mensagem de conforto, não sei como era a vida "offline" do VdC, mas em sua vida "online" ele deixou um legado enorme, influenciou positivamente dezenas ou centenas de milhares de pessoas com a sua saga de vida em busca da independência financeira, um cara humilde que alcançou o sucesso financeiro. E o seu legado é não só financeiro, mas também por ser um cara família, uma pessoa do bem.

Para nós que ainda habitamos esse mundo fica a lição que a vida é breve por isso deve ser vivida. Não estou falando de torrar dinheiro em jogos e viagens, lembre-se que a possibilidade de morrer repentinamente é bem menor do que a possibilidade de ficarmos vivos. Dessa forma os objetivos e a consciência financeira não mudam, o que muda é ter a consciência da brevidade da nossa existência como um lembrete para que nós possamos nos arriscar mais, enfrentar nossos medos, chegar mais cedo do trabalho para brincar com os filhos, elogiar quem merece ser elogiado, dizer "eu te amo" para os mais queridos.

VdC, vá com Deus, sua missão na Terra foi curta, mas seu legado é enorme!

Abraços,

Senhor Ministro

contato: mininvestimento@gmail.com

terça-feira, 17 de julho de 2018

Vale a Pena Se Arriscar em "Banquinho" Para Ganhar 1% ao Mês LÍQUIDO?

Rendimentos de 1% ao mês
 
Em tempos de vacas magras na renda variável muitos olhos começaram a se virar para a renda fixa. Obviamente não temos mais aquele cenário de vacas gordas na renda fixa semelhante ao tempo em que a Taxa Selic estava nas alturas, porém, vira e mexe aparecem algumas boas "oportunidades" que são prontamente alardeadas pelas corretoras buscando ganhar os corações de seus clientes mais conservadores ou daqueles mais machucados com as recentes pancadas que a bolsa tem dado.

Digo isso pois recebi recentemente um e-mail da minha corretora com o seguinte título: "Quais são seus planos para 7 anos?". O indicativo é para que o cliente faça um plano financeiro de longo prazo e apresenta, para tanto, um CDB prefixado com vencimento em 7 anos e com remuneração de 14,35% ao ano, emitido pelo Banco Máxima.

Descontando-se os 15% de imposto de renda incidente sobre os rendimentos, teríamos esse CDB pagando uma remuneração líquida de 12,20% ao ano, durante 7 anos. Isso equivale a um rendimento de cerca de 1% ao mês líquido! Vejam só o tão famoso "1% ao mês" de volta!

Não há dúvidas que trata-se de um ótimo rendimento e com a oportunidade de "travá-lo" por 7 anos, garantindo excelentes ganhos ao fim do período. No entanto existe um pequeno porém que muitos investidores acabam passando batido: a saúde financeira do banco emissor.

De acordo com o site Banco Data, os resultados do Banco Máxima, emissor do CDB supracitado, não estão lá essas coisas, conforme imagem abaixo:

Banco Máxima
Será que vale a pena emprestar dinheiro para um banco que parece que não vai muito bem das pernas?

Advogando a favor da causa eu diria dois pontos:

1. É difícil um banco quebrar no Brasil: segundo reportagem do Valor Econômico, entre 2008 e 2015 apenas sete bancos quebraram, porém é algo possível sim de acontecer, vide o caso recente do Banco Neon.

2. Existe a garantia do FGC: investimentos de até R$ 250 mil numa mesma instituição financeira são cobertos pelo FGC. Portanto se o banco quebrar e você tiver investido nele um montante inferior a essa quantia, você será restituído. Até onde sei o FGC funcionou muito bem no caso recente da quebra do Banco Neon.

E ai, será que vale a pena se aventurar num investimento desses ou é muita dor de cabeça para ganhar uns trocados a mais?

Abraços,

Senhor Ministro

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Atualização Patrimonial Junho/2018: R$ 245.256,13 (+R$ 5.732,66) e Rentabilidade (-1,14%)


E ai moçada!

Vamos então a mais um fechamento de mês. Esse mês acabei ficando um pouco ausente da finansfera, mês de copa do mundo, acabei dando uma desligada do modo "finanças". Isso me trouxe uma reflexão importantíssima: para sustentar uma disciplina de aportes e investimentos no longo prazo, é preciso simplificar o processo. Querer estar sempre nas "melhores oportunidades" ou "bater o mercado" mesmo que não leve a prejuízos, pode levar a perda da vontade ou motivação para manter uma regularidade de investimento.

O mercado continua aquela coisa né, baixa após baixa, tudo vermelho. Esse mês já é meu 4º mês seguido fechando com rentabilidade negativa, mas paciência né, o foco é o longo prazo.

Já tenho sérias dúvidas se conseguirei atingir a meta de patrimônio que estabeleci para 2018: R$ 300.000,00. 

O aporte do mês foi de: R$ 6.578,00

A carteira ficou da seguinte forma:


A rentabilidade do ano é a seguinte:


E a rentabilidade, pro investimento, no mês, ficou assim:

Esse mês o fechamento vai ser simplificado mesmo, basicamente o aporte foi todo em renda variável nos seguintes papéis:

Ações: TAEE11, SAPR11 e ITUB3
FII: VRTA11 e SPTW11.

Abraços,

Senhor Ministro

contato: mininvestimento@gmail.com