terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Nova Emissão do GGRC11: Vale a Pena? Quais os Riscos?

Emissão do GGRC11


Caso você não conheça, o GGRRC11 é um Fundo Imobiliário de imóveis logísticos e industriais, relativamente recente (lançado no primeiro semestre de 2017) mas que já acumula patrimônio de mais de R$ 460 milhões e é atualmente um dos mais negociados da bolsa.

Uma das coisas que chama a atenção nesse fundo é a quantidade e diversificação dos imóveis: hoje o fundo é proprietário de 13 imóveis e, ao contrário de muitos outros FIIs que se concentram no eixo Rio-São Paulo, esses imóveis são espalhados em oito estados em diversas regiões do Brasil (PR, SC, SP, MT, GO, PB, MG e RS).

Outra informação importante acerca desse fundo é que todos os seus contratos são atípicos, isso quer dizer que são contratos de longa duração (vencimentos entre 2025 e 2033) e que preveem, caso o locatário rescinda o contrato, multa correspondente ao pagamento integral dos aluguéis de todo o contrato, garantindo assim mais proteção ao fundo.

Outro ponto positivo do fundo é sua gestão. Trata-se de um fundo de gestão ativa e, portanto, o tino imobiliário do gestor pode causar grande impacto, positivo ou negativo, no ativo. No caso do GGRC11 o impacto parece estar sendo positivo, pois a gestão do fundo demonstrou aptidão para negócios imobiliários: as alocações iniciais de recursos foram feitas rapidamente e, em out/2018, um dos imóveis foi alienado, sendo prontamente sucedido (em nov/2018) da aquisição de um novo imóvel nos mesmos moldes dos demais (Sale and Leaseback - explico o que é isso mais a frente - e contrato atípico).


A última distribuição de rendimentos foi de R$ 1,08 por cota e o preço atual da cota é de cerca de R$ 130,00 o que dá um Dividend Yeld de 0,8% a.m e de cerca de 10% a.a, um ótimo Yeld, entretanto no valor dessa distribuição ainda há  alguma coisa relacionada à recente alienação de um imóvel, de forma que um DY mais realista seria de algo em torno de 9% a.a, o que, ainda assim, é um excelente rendimento. Esse DY pode melhorar muito ainda se considerarmos o preço de aquisição da cota na emissão, que falaremos a seguir...

3ª EMISSÃO GGRC11


Em 03 de dezembro de 2018 foi aprovada em assembleia a 3ª emissão de cotas do GGRC11, num valor total de até R$ 300 milhões, portanto o fundo vai quase dobrar de tamanho, é uma emissão bem ousada!

Então vamos ao que interessa: hoje no mercado secundário a cota do GGRC11 está sendo negociada por volta de R$ 130,00, na emissão o preço da cota vai ser de R$ 116,70. Como geralmente acontece nas emissões em que há um desconto relevante em relação ao preço negociado no mercado secundário, espera-se que o preço de negociação desse ativo dê uma baixada, porém isso é só especulação. A verdade é que o preço da emissão parece bastante atrativo.

Importante: os atuais cotistas terão direito de preferência na aquisição de cotas nessa nova emissão, na proporção de 57,56% de sua participação. Eles devem divulgar mais detalhes acerca dessa continha na divulgação oficial da oferta de cotas.

O valor mínimo para entrar na emissão é o de R$ 1.167,00, correspondente a 10 cotas, exceto para os cotistas que exercerem seu direito de preferência, nesse caso não há valor mínimo. A oferta terá duração de 6 meses.

QUAIS OS RISCOS DO GGRC11

Emissão do GGRC11


Uma das principais características do GGRC11 é o modelo de negociação Sale and Leaseback adotado em todas as suas aquisições. Como isso funciona? Vamos a um exemplo.

Uma empresa industrial XYZ é proprietária de um grande galpão logístico onde funciona um de seus centros de distribuição. A empresa está precisando de capital para expandir seus negócios, mas as linhas de crédito que ela está conseguindo estão com juros muito altos.

Qual saída para empresa levantar capital? Ela chega para o Fundo Imobiliário e faz a seguinte proposta: "eu te vendo esse meu galpão logístico e alugo ele de você num contrato de longa duração, assim você já vai comprar um imóvel com um inquilino garantido"

Para o fundo é um bom negócio, pois compra um imóvel com um inquilino já garantido e para a empresa é um bom negócio pois ela recebe uma injeção de capital (referente à venda do imóvel) e os aluguéis que ela vai pagar para o fundo são menores que os juros bancários que ela pagaria caso pegasse um empréstimo.

Mas é justamente aí que está o maior risco do fundo!

Ao adotar esse tipo de contrato o fundo praticamente entra numa parceria com a empresa, pois o imóvel é totalmente personalizado para as necessidades daquela empresa. Então eventualmente se a empresa enfrentar dificuldades financeiras e começar a atrasar aluguéis o fundo ficará numa situação delicada, pois ruim com aluguéis atrasados, pior com a empresa falindo!

Além disso, se a empresa falir ou optar por rescindir o contrato (mesmo com as multas elevadas) o fundo pode ter alguma dificuldade para realocar os imóveis uma vez que, como citado, são imóveis totalmente personalizados para as necessidades de uma empresa específica, e localizados em áreas, por vezes, distantes de grandes centros comerciais.

Portanto nesse tipo de fundo a atuação do gestor é primordial, tanto no sentido de estar ligado no mercado imobiliário, mas também de estar próximo aos locatários tentando sempre alinhar os interesses deles com o interesse do fundo.

Importante destacar que os gestores sabem desses riscos e adotaram medidas para mitigá-los como a contratação de seguros, alienação fiduciária de ativos em garantia, e inserção de cláusulas de compra e venda do imóvel nos contratos. Porém, ainda assim é um risco que precisa ser considerado.

CONCLUSÃO


Esse é um fundo que vem crescendo muito e ganhando muito destaque ultimamente no mercado de fundos imobiliário. Eu particularmente gosto do fundo, tenho algumas cotas dele e pretendo comprar mais cotas nessa nova emissão. Obviamente que isso não se trata de uma recomendação, mas apenas a exposição da minha intenção de investimento.

Entretanto, é preciso estar ciente dos riscos envolvidos. Os contratos firmados até agora são muito vantajosos para o fundo, com cap rate elevado, porém é um ativo que ainda não passou por nenhuma provação mais desafiadora.

E você, vai entrar nessa emissão?

Abraços,

Senhor Ministro

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Palestra Motivacional é Melhor que Palestra "Desmotivacional"

Palestra Motivacional é Melhor que Palestra "Desmotivacional"

Eu vejo muita gente por aí que torce o nariz ou faz chacota com livros de autoajuda ou palestras motivacionais. Geralmente dizem que esse tipo de conteúdo é caça-níquel e que não tem efeitos práticos na vida.

Em parte eu posso até concordar, tem gente que usa os conteúdos motivacionais como uma forma de fuga, pessoas que se viciam em consumir esse tipo de conteúdo para viver a ilusão que está se tornando uma pessoa melhor, que está melhorando a sua vida, sem, contudo, colocar em execução qualquer projeto ou mudança de comportamento que efetivamente faça alguma diferença.

Entretanto, me parece irônico que tanta gente torça o nariz para conteúdos motivacionais mas, por outro lado, deem todos os ouvidos para conteúdos “desmotivacionais”. Na verdade eu até sei o motivo disso: as “palestras desmotivacionais” que ouvimos geralmente veem de pessoas próximas a nós, que, pelo menos em tese, querem o nosso bem, por isso exercem tanta influência na nossa vida.

Por exemplo, quando você começa a conversar de investimentos e independência financeira com alguém próximo (cônjuge, amigo, pais, parente, etc) essa pessoa pode dizer que “isso é besteira, tem que viver a vida, ninguém sabe o que vai acontecer amanhã, isso é pra quem tem muito dinheiro, etc”.

Ou então você decidiu investir num negócio online buscando ser uma autoridade em alguma área que você manja e quem sabe ganhar dinheiro com consultorias, mentorias, cursos, etc. Mais uma vez alguém próximo vai dizer: “esse negócio de ser "blogueiro" não dá dinheiro, já tem muita gente melhor que você fazendo isso, pra ensinar isso você precisa ter um pós-doutorado, etc”.

Ou você decidiu começar a praticar um esporte e, mais uma vez, pessoas próximas dizem: “você não tem porte físico pra esse esporte, esse esporte tem muita lesão, você nem tá ganhando dinheiro com isso, etc”.


Palestra Motivacional é Melhor que Palestra "Desmotivacional"




Eu podia dar inúmeros exemplos de “palestras desmotivacionais” que comumente ouvimos de amigos, cônjuges, pais, parentes, etc.

Por gostarmos dessas pessoas e acreditarmos que elas estão pensando no nosso bem, temos a tendência de dar muita importância a esse tipo de “conselho”, muito mais do que deveríamos. Porém poucas pessoas conseguem enxergar realmente o que acontece que é um choque de valores. Se você preza pelos valores “liberdade e independência” vai, invariavelmente, entrar em choque com uma pessoa que tem forte os valores “segurança e estabilidade”.

Então se um pai quer apoiar o filho a ser independente, empreendedor, ficar longe de concursos públicos, ou sequer fazer faculdade, e a mãe, por sua vez, quer que esse mesmo filho passe na melhor universidade pública e passe no melhor concurso público, para ter bom salário e estabilidade, o que está acontecendo ai é um choque de valores.

É por isso que um velho jargão do mundo de autoajuda faz tanto sentido:

NÃO LIGUE PARA A OPINIÃO DOS OUTROS!!!

Na prática não dá pra ignorar totalmente a opinião dos outros, principalmente de pessoas importantes, caso contrário seríamos apenas idiotas antissociais e egoístas. Porém, acima de tudo, precisamos buscar a nossa individualidade, de fazer o que acreditamos, mesmo que seja passando por cima ou ignorando a opinião de pessoas importantes.

Mesmo que não dê certo e aquela pessoa fale “viu só? Eu te avisei”, não importa! Se acreditamos em algo e se esse algo está alinhado com nossos valores e projetos de vida, vale o risco. Se não der certo, é aprendizado!

Nesses momentos, a opinião de pessoas que tem os mesmos valores que a gente, mesmo que seja um total desconhecido - como um autor de livros de autoajuda, um palestrante motivacional, alguém que você conheceu em uma conferência de negócios, ou alguns blogueiros com endereço blogspot.com - vale muito mais que a opinião da sua esposa(o), namorada(a), pais ou amigos.

Abraços,

Senhor Ministro

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Como Saber Se Uma Ação Está Cara ou Barata


Quando se trata de investimento em ações focado no longo prazo, o famoso Buy and Hold, existem duas correntes de pensamento: os que acham que o preço não importa e os que acham que o preço importa.

A primeira corrente prega que para nós, investidores individuais, não vale a pena se preocupar com o preço de uma ação, o foco deve ser integralmente nos fundamentos da empresa. A ideia é que se uma empresa for boa, e continuar boa, a melhor opção é ir aportado regularmente nela, sem se preocupar com o preço da ação pois, no longo prazo, a tendência é você estar sempre no lucro pois as compras nas baixas e altas vão se compensando.

A segunda corrente pensa mais ou menos parecido quanto a aportar em empresas que apresentem, e continuem apresentando, bons fundamentos porém há um elemento adicional: evitar aportar em empresas que, apesar de boas, estão com o valor da ação muito esticado, ou seja, estão muito caras. Adicionalmente, buscar empresas que estejam igualmente boas, porém com preço da ação atrativo, ou seja, estão baratas.

Eu respeito as duas correntes, porém me identifico mais com a segunda.

Mas afinal, como saber se uma ação está cara ou barata?

O leigo vai pensar inicialmente no valor absoluto da ação, então ele vai dizer que a OGXP3, cotada a R$ 1,71, está barata e que a ITUB3, cotada a R$ 30,00, está cara, porém sabemos que não funciona bem assim.

Uma ação é um pedaço de uma empresa, portanto o valor de uma ação vai depender basicamente de duas coisas: em quantos pedaços essa empresa está partida (quantidade de ações) e, principalmente, qual é o valor dessa empresa. Lembre-se que preço é o que você paga, valor é o que você leva.

Afinal, quem você acha que entrega mais valor, a OGX ou o Banco Itaú? A resposta é óbvia né, por isso faz todo sentido pagar mais caro pelas ações do Itaú, já que a probabilidade de a empresa continuar crescendo e/ou pagando dividendos é muito maior!

"Pode comprar que OGX está barata, menos de R$ 2,00"


Ok, mas como saber se a ação do Itaú está cara ou barata? É ai que está o X da questão!

A ciência que estuda isso é chamada de "valuation". Os especialistas em valuation utilizam modelo matemáticos para calcular o valor justo de uma ação. Se a ação estiver cotada abaixo do valor justo quer dizer que ele está descontada, e é uma boa opção de compra. Já se ela estiver cotada acima do valor justo, ele está muito esticada, devendo-se buscar outras opções de ações com maior margem de segurança.

Os métodos mais conhecidos de valuation são os feitos por fluxo de caixa descontado e por dividendos descontados, em que, basicamente, se estima um fluxo futuro de caixa ou dividendos e traz-se esses números a valor presente para compor o preço da ação. Falando assim parece simples mas são modelos avançados e que envolvem um elevado grau de subjetividade.

O método que eu mais gosto, e o mais simples, é o valuation comparativo por múltiplos. Um múltiplo é um indicador que compara o preço da ação com algum resultado relacionado à empresa. O múltiplo que eu mais gosto é o P/L que faz a relação entre o preço da ação e os lucros apresentados pela empresa. Basicamente o P/L diz em quantos anos eu vou recuperar meu investimento na empresa por meio da parte do lucro que eu "tenho direito".

Gosto de olhar o P/L histórico e comparar com empresas do mesmo setor a fim de identificar se a empresa que estou analisando está descontada ou esticada.

Logicamente que esse não é um método perfeito, ele pode apresentar algumas falhas, por exemplo: há empresas boas que embora operam com P/L alto, aparentemente caras, porém estão sempre crescendo mais e mais; há empresas com lucros não recorrentes que podem "mascarar" o P/L, empresas desacreditadas tendem a ter P/L baixo porém não necessariamente são oportunidades boas de compra, etc.

A verdade é que analisar uma ação unicamente pelos seus múltiplos, ou por qualquer outra forma de valuation, passa longe de ser garantia de sucesso. Uma boa análise envolve muitos outros critérios como ver se a empresa tem um histórico de lucros crescentes, ganho de market share, boa rentabilidade, endividamento controlado, boa gestão, geração de caixa, está inserida em um setor perene, tem uma diferencial competitivo, etc.

Fazer valuation, seja pelos métodos mais complexos ou pela análise de múltiplos, é um "plus" na análise, pode te ajudar a fazer melhores negócios ao comprar ações mais descontadas, porém não pode ser considerado, por si só, um critério suficiente de sucesso.

Abraços,

Senhor Ministro

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Retrospectiva 2018 Blog "Ministro do Investimento" (51 posts, 56 mil acessos, 1.008 comentários)



Fala pessoal, chegando o fim do ano e é hora de fazer a retrospectiva do blog!

No ano passado eu também a fiz (embora tivesse apenas 7 meses de blog) e esse ano é a primeira retrospectiva de um ano calendário completo!

A gente vai adquirindo experiência na blogosfera e vai vendo muitos blogs surgirem e logo desaparecerem, muitos blogueiros experientes desistindo ou desacelerando suas atividades online, assim como muitos outros surgindo e fazendo excelentes trabalhos.

É um constante desafio manter a criatividade e entregar conteúdo de valor aqui, mas é um desafio gratificante. De alzheimer "nóis" num morre!

Ainda quero ver esse blog crescendo muito mais, mas, principalmente, que continue sendo um guia pra mim e para outras pessoas no rumo da independência financeira!

Vamos aos números apurados então:

Artigos Publicados


> 2017: 30 artigos publicados (média de 4 por mês)
> 2018: 51 artigos publicados (média de 4 por mês)

Nesse aspecto os números foram constantes

Número de Visualizações


> 2017: 16.134 visualizações (média de 2.305 por mês, 77 por dia)
> 2018: 55.940 visualizações (média de 4.661 por mês, 153 por dia)

Nesse aspecto o crescimento foi significativo, incremento de 102% no número de visualizações/mês.

Número de Comentários


> 2017: 674 comentários (média de 22 por artigo)
> 2018: 1.008 comentários (média de 20 por artigo)

Aqui teve uma pequena queda, porém nada significativo.

Artigo Mais Visitado


> 2017: o artigo mais visitado era o "A Blogosfera Está Disseminando Uma Mentalidade de Pobreza" com 828 visualizações
> 2018: o artigo mais visitado do blog atualmente é o "As Melhores Ações do Setor Elétrico" com 5.513 visualizações

Artigo Mais Comentado


> 2017: o artigo mais comentado era o "A Blogosfera Está Disseminando Uma Mentalidade de Pobreza" com 39 comentários
> 2018: o artigo mais comentado atualmente é o "Depressão Pós Bitcoin" com 56 comentários

Origem dos Visitantes do Blog


Na posição atual, as principais fontes de tráfego do blog são:

1. Google
2. Finansferas
3. Viver de Construção (in memoriam)

Obs: em 2017 o Google era apenas a 9ª maior fonte de tráfego do blog, hoje ganha de lavada das outras.

Meu objetivo para 2019, assim como foi antes, é continuar escrevendo com regularidade artigos que agreguem valor e gerem boas discussões, e, claro, continuar usando o blog como uma ferramenta para alavancar a minha própria vida financeira.

Abraços,

Senhor Ministro

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Atualização Patrimonial Novembro/2018: R$ 280.046,70 (+ R$ 8.732,71) e Rentabilidade (+ 2,0%)



Fechadas as portas do mês de novembro e adentramos no fatídico último mês do ano. Eu gosto muito do mês de dezembro, é um mês que geralmente significa viagem, rever família e amigos, festividades, e principalmente somos acometidos por aquele clima de reflexão sobre o que fizemos no ano e o que pretendemos fazer no ano vindouro.

Ainda vou analisar bem as metas atingidas e não atingidas porém eu estou particularmente muito otimista com o ano de 2019, sinto que alguns projetos interessantes iniciados em esse ano poderão dar bons frutos no próximo ano. Estou otimista com o país como um todo também.

BENEFÍCIO DE TER SEMPRE ORÇAMENTO SOBRANDO


Nos últimos meses eu tive alguns gastos não recorrentes expressivos, principalmente com passagens aéreas. E pô, bate aquela sensação de se estar gastando demais e fugindo do orçamento, mas o bom de se acostumar a viver com um padrão abaixo do possível é que esses golpes são absorvidos com muita suavidade e no fim do mês lá está a conta cheia de bolsonaros prontos para serem investidos.

Ter rendas extras também gera sensação semelhante, embora eu ainda não esteja tão desenvolvido nesse sentido, é muito bom você projetar que tem uma quantia X, e de repente brotar um aluguel aqui, um rendimento ali, uma venda acolá. A sensação é de liberdade!

Afinal, muito mais do que felicidade, dinheiro compra liberdade!

BATENDO ÀS PORTAS DA META DO ANO


A meta que estabeleci de patrimônio para o ano foi alcançar os R$ 300 mil. No período eleitoral, no auge do "mau humor do mercado" (odeio analista que fala isso kkkk), essa cifra pareceu distante porém a luz no fim do túnel já está aparecendo e já estou conseguindo enxergar o atingimento dessa cifra. O que vai mudar na minha vida? Nada, porém é sempre bom atingir uma meta estabelecida, e continuar crescendo sempre. Mas isso é papo para um post específico sobre as metas do ano...

Vamos, sem mais delongas, a carteira do mês de novembro:

INVESTIMENTOS E RENTABILIDADE


Aporte: R$ 5.235,86

2 GGRC11, 100 CIEL3, 50 HAPV3, 100 KROT3, 15 MALL11

(ainda sobraram uns R$ 2k na conta da corretora, não contabilizado nesse fechamento, pois eu simplesmente não identifiquei uma boa oportunidade de alocação)

A bolsa, com o otimismo generalizado em relação à economia do país, esticou bastante. Temos muitos bons papéis porém com múltiplos muito altos. Talvez por isso eu tenha optado por investimentos um pouco mais ousados esse mês, notadamente Cielo e Kroton, duas gigantes que estão extremamente desacreditadas (e justamente por isso rodando a múltiplos muito baixos) mas que eu acredito ainda terem bala na agulha para entregar muito valor a seus acionistas no longo prazo.

Nos FIIs, GGRC11 tem se mostrado um ativo muito bem administrado e vai brindar os seus cotistas com um preço bem competitivo numa vindoura nova emissão. Já o MALL11 foi uma opção pra dar uma diversificada no setor de shoppings aproveitando que esse é um dos poucos FIIs de shopping com preço atrativo (tirando o FIGS11, mas isso por conta da RMG). O MALL11 hoje é um monoativo, tem um ótimo shopping em Maceió, e está em processo de emissão para adquirir mais ativos (o que é um grande receio dos investidores, de o fundo acabar comprando algum shopping meia boca).

A carteira ficou assim:


A rentabilidade dos investimentos foi a seguinte:


Ações, FIIs e títulos públicos subindo forte, sabe-se lá até quando! Inclusive notícias como essa me deixam um pouco preocupado, é o famoso "som dos violinos". Daqui a pouco o William Bonner tá falando de ações no Jornal Nacional, ai é sinal vermelho de alerta!

A carteira atual de ações e FIIs é a seguinte:

Quando peguei essa tela o mercado já estava aberto, as cotações podem divergir do fechamento

E é isso ai, que venha dezembro, que venha salário, que venha o que sobrou do 13º, que venha sei lá o que tiver por vir e que venha os R$ 300k.

P.S: eu vou tirar esse dinheiro da poupança, eu prometo!

Abraços

Senhor Ministro