Faaaala pessoal!
Hoje mais um insight de carreira e negócios, dessa vez baseado em duas coisas: num vídeo que vi (já tem algum tempo) do Érico Rocha e numa situação de "dança das cadeiras" que estou presenciando no trabalho. Nesse vídeo o Érico Rocha narrava sua história desde quando era empregado de um banco de investimentos em Londres, até quando decidiu largar tudo e como montou sua empresa. Lógico que, pra efeitos de marketing, o cara vai dar uma glamourizada na história, mas um trecho me chamou a atenção...
Quando ele trabalhava no tal banco, recebia um excelente salário, porém estava infeliz no trabalho. Um dos insights que levou ele a largar tudo e voltar pro Brasil foi pensar o seguinte: aonde eu quero chegar trabalhando aqui? Se eu trabalhar muito mais e for reconhecido eu vou chegar onde eu quero? Eu quero estar na posição do meu chefe, ou do chefe do meu chefe?
Daí a reflexão foi que não tinha mais sentido ele continuar trabalhando ali pois ele não estava feliz com seu trabalho atual tampouco almejava ser promovido ou subir na carreira.
Eu acho que já falei aqui, mas já ocupei posição de chefia no meu trabalho e tem um pouco mais de 1 ano que estou sem cargo de chefia. No começo é chato tanto a perda financeira como a perda de poder de decisão e influência, porém com o tempo eu comecei a enxergar muitos pontos positivos como:
1. Possibilidade de estar focado em uma atividade específica (sem precisar responder 500 e-mails e ir para 200 reuniões) possibilitando uma maior especialização e aprofundamento no trabalho.
2. Mais liberdade de trabalho, podendo gerenciar seu tempo com mais previsibilidade.
3. Livre de preocupações chatas e burocráticas como de gestão de pessoas (folha de ponto, férias, recesso, etc) e de sistemas (atualizar o sistema de gestão de processos, o de atividade finalística, o de não sei o que, etc)
4. E o mais importante: mais tempo para se dedicar a coisas extra trabalho (família, amigos, esportes, renda extra, etc)
A verdade é que, infelizmente, em muitas organizações os chefes ao invés de serem gestores, conduzindo equipes para o sucesso e pensando estrategicamente o negócio, tornam-se meros apagadores de incêndio, tendo que passar o dia inteiro resolvendo assuntos pontuais, participando de reuniões e respondendo e-mails.
Como eu narrei no início, estou presenciando uma certa "dança das cadeiras" com algumas pessoas conhecidas no trabalho e conversando com elas vejo o quanto alguns estão angustiados e chateados com a possibilidade de perderem seus cargos. Nesses momentos a politicagem corporativa rola solta e não necessariamente as pessoas boas serão as promovidas ou escolhidas para algum cargo de liderança.
Estar fora desse circuito me dá um certo alívio e sensação de liberdade, pois não fico na dependência de convites para cargo de chefia, e se eventualmente eu quiser trabalhar em outro setor ou departamento, basta acionar alguns contatos e consigo mais facilmente uma movimentação (já que não há gratificações ou cargos envolvidos nessa negociação).
Sinceramente hoje eu não tenho vontade de ocupar a posição do meu chefe, nem do chefe do meu chefe, porém isso não significa que estou infeliz no trabalho, pelo contrário, sair desse circuito está me possibilitando me tornar um profissional muito melhor e ter muito mais liberdade. Essa última palavrinha (liberdade) é minha prioridade no momento!
Abraços,
Senhor Ministro